segunda-feira, 16 de março de 2020
Judy: muito além do Arco-íris(Judy, EUA, 2019)
Renéé Zellwegger dá vida com tanta intensidade à Judy Garland que ganhar o Oscar pelo papel parecia inevitável. Judy: muito além do arco-íris não chega a ser uma cinebiografia da estrela de O Mágico de Oz, é um recorte de sua fase mais decadente que aborda em especial sua turnê de despedida, realizada no Reino Unido em 1968, pouco antes da sua morte.
Zellwegger cria uma versão tão convincente do ícone LGBTQ que acaba se confundindo com a própria. É uma imitação das mais bem feitas, que nos faz lembrar que a atriz também experimentou da decadência e ressurge justamente em um papel como esse.
Cada número musical, formado por clássicos de Garland, nos dá nuances da personagem e ressalta sua complexa personalidade. Os filhos, o vício em remédios, álcool, em homens mostram o quão vulnerável a atriz e cantora foi sempre se deixando ser levada por suas emoções.
No final, Judy: muito além do arco-íris pode parece um filme de atuação e realmente é seu grande trunfo para contar uma história delicada e triste sobre declínio, solidão e esquecimento.
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