Ganhador do Teddy, honraria máxima ao cinema LGBTQIA+, no último Festival de Berlim, o longa segue Angie(Patra Au Ga Man) e Pat (Maggie Li Lin Lin). As duas mulheres formam um casal feliz há décadas. Pat possui um certo entusiasmo sonhador pela vida que é contagiante para sua amada Angie, mas também para o resto de sua família. Angie é mais realista, mas muitas vezes se deixa levar pelas ambições de Pat. Até que um desastre acontece e Pat morre inesperadamente.
A morte de Pat não deixa apenas muita tristeza, mas também muitos problemas familiares. Nenhum testamento foi assinado, o que significa que a família imediata tem direito à herança. Embora Angie se dê bem com os parentes, quase tudo foi tirado dela.
À medida que motivos centrados em dinheiro, propriedade e herança tomam forma dentro da família de Pat, seu tratamento com Angie se torna insensível e convenientemente ignorante de sua importância como companheira de vida de Pat. Embora Pat claramente desejasse ser jogada no mar, a família intervém para reivindicar suas cinzas.
"Tudo Vai Ficar Bem" fala principalmente sobre o luto e como lidar com uma grande perda. Porém, outro tema importante é o amor. Neste caso, trata-se de duas mulheres loucas uma pela outra. A homossexualidade é legal em Hong Kong desde 1991 e, apesar de se ter uma visão bastante liberal da comunidade LGBTQ+ em comparação com outros países asiáticos, ainda há muito progresso a ser feito. Sem direitos conjugais, a reivindicação de Angie à casa e aos bens compartilhados desaparece, apesar de décadas como família de Pat em todos os status, exceto legais.
A melhor coisa do filme é como ele é comovente sem se tornar excessivamente sentimental. Sutileza define o tom adotado pelo diretor. A vida tem as suas lutas e muitas vezes é brutal, mas também oferece amor e harmonia: no final tudo vai ficar bem.
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