Visualmente escandaloso e opulente, o show representa várias eras da música de Gaga em uma carta de amor à arte. A edição perfeita pontua a energia da música, e da coreografia, ao vivo. Interlúdios, projeções, luzes, dança e claro, figurinos, tudo garante que Chromatica Ball seja um dos melhores shows de Lady Gaga.
O concerto divide-se em quatro atos distintos, todo eles pontuados por sucessos da cantora como Bad Romance e Poker Face, além do repertório do álbum Chromatica. No entanto, fãs mais fervorosos podem sentir a falta de canções como You and I e Paparazzi.
Mas é quando a artista assume o piano que ela realmente alcança novos patamares. Cada um dos seus momentos no instrumento, destacando a introdução de Born this Way, tocam o coração.
É difícil militar em um megashow para uma plateia gigante, porém Gaga acerta o tom, ela conhece seu público, a maioria jovens LGBTQIA+, dos quais ela gentilmente leva palavras de orgulho e empoderamento.
No fim das contas, não há narrativa aqui. Gaga Chromatica Ball cai estritamente no reino de um filme-concerto, deixando os espectadores se sentindo na plateia, e o melhor, com o ingresso pago pela própria Lady Gaga.
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