Minha vida com Liberace narra os anos de relacionamento entre o famoso pianista e Scott Thornson. O longa traz um irreconhecível Michael Douglas no papel do excêntrico artista e Matt Damon em sua melhor e mais versátil forma.
O diretor Steven Sodebergh foge de seu estilo, marcado por filmes como Erin Brocovitch e Doze homens e um segredo, para mergulhar em um romance homossexual cercado de brilho, banhos de espuma, sexo, champanhe e muito luxo.
Inacreditavelmente o filme não chegou aos cinemas indo direto para a TV e levando o Emmy nas principais categorias, incluindo melhor filme para a TV.
Baseado no livro de Scott Thornson o longa é narrado pelo ponto de vista dele. Seu relacionamento com Liberace que no início era quase paternal acabou se tornando uma relação abusiva com muitas brigas, drogas e cirurgias plásticas.
Com o excesso de autoridade sobre Scott, bancando mansões, joias e outros luxos, Liberace é quem dá as cartas da relação. Scott precisa se adaptar a nova vida e ceder aos caprichos e excentricidades do pianista até que a relação chega ao fim acabando em escândalos e um processo judicial.
O grande trunfo do filme são seus protagonistas completamente a vontade na pele de dois homens gays. Douglas não se limita apenas a fazer um Liberace afetado, mas sim um personagem com diversas camadas.
Como tudo que não começa bem também não termina bem. O final de Liberace é conhecido e é recordado por um Michael Douglas quase irreconhecível em estado terminal. Minha vida com Liberace pode não ser a obra prima de Sodebergh, mas é, com certeza, um filme bem acima da média.
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