Nova York parece mesmo o berço da comunidade queer, um lugar onde as pessoas LGBTQIA+ encontram acolhimento para ser quem quiserem. Assim como a cena ballroom é mostrada no documentário Paris is Burning em Wig podemos ver a ascensão das drag queens na Big Apple, desde a underground década de 1980 até os dias de hoje onde essas excêntricas personagens encontraram seu lugar no mainstream.
O filme do diretor Chris Morkasel é apresentado através do ponto de vista da lendária drag queen Lady Bunny, criadora do festival Wigstock que, desde 1984 ao longo de 20 anos, celebrou a cultura LGBTQIA+ e levou a expressão drag à luz do dia.
RuPaul aparece em diversos momentos sendo a figura bagunçada dos anos 1980 em um rico arquivo de imagens ou em momentos mais recentes de seu celebrado reality show RuPaul's Drag Race, que após 12 temporadas segue sendo uma plataforma para lançar drags ao estrelato mundial.
Queens do passado como Linda Simpson e Tabbo! dão seu depoimento falando de como uma arte que antes era fadada ao submundo encontrou reconhecimento e representatividade em todo o mundo.
Wigstock passou pelos piores dias da epidemia da AIDS, enfrentou um governo conservador mas não sobreviveu ao 11 de setembro de 2001. Uma edição especial foi realizada por Lady Bunny em 2018 e marcou a celebração do amor com performances de artistas como Bianca del Rio, Alaska Thunderfuck, Amanda Lepore e Neil Patrick Harris caracterizado como a trans Hedwig.
O documentário também mostra o performer Kevin Aviance, icônico na noite nova yorkina e que fala sobre um ataque homofóbico que sofreu.
Wig é um interessante retrato sobre a cena noturna LGBTQIA+ em Nova York e que dá luz às verdadeiras lendas do Drag, que abriram caminho para o frissom que essas artistas geram hoje em dia.
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