O controverso diretor José Celestino Campusano viaja até os pampas argentinos para mostrar padres pedófilos. Ariel, um adolescente sempre se relacionou com um padre como se fosse uma coisa normal, desenvolveu assim sua homossexualidade e se preparou para encarar outros relacionamentos, enquanto o padre vive o dilema da vocação e perversão.
Hombres de piel dura impressiona por mostrar atores profissionais em situações polêmicas. Ariel se envolve com um dos empregados da fazenda de seu pai e as cenas de sexo chamam a atenção pela crueza e pelo ator parecer realmente muito jovem.
Após ser rejeitado pelo padre que obviamente procura por garotos mais novos, Ariel embarca em um mundo de descoberta, preconceito e experiências com diversos homens. Apesar de toda a sexualidade aflorada ainda mantém um ar inocente que permite continuar em relações abusivas.
A relação com o pai castrador e machista também é destacada na falta de aceitação do filho, enquanto isso a irmã mais velha compreende perfeitamente a situação de Ariel.
O longa vale a pena por tratar de um tema atual com aspereza e inteligência, há momentos poéticos e crus, mas ainda assim parece que deixa um pouco a desejar por não se aprofundar muito nos temas e deixar tudo muito subentendido.