Depois do sucesso recente de Bohemian Rapsody, cinebiografia de Freddie Mercury, outro ícone LGBTQIA+ ganhou homenagem nas telas do cinema. Rocketman conta a história de Elton John, um musical incomum que é construído com uma narrativa muito simples, mas cheia de fantasia e estética de videoclipe.
O longa começa quando Elton John interpretado brilhantemente pelo ator Taron Egerton adentra uma sala de AA todo montado e inicia a narração de sua história. Desde a infância quando era Reginald Dwight e sofria com a indiferença do pai e já era um prodígio no piano, passando pela ascensão, sucesso, drogas e frustrações.
A transformação de Reginald em Elton vai acontecendo através do figurino, que faz toda a diferença na construção do personagem. No início ele é sempre acompanhado por Bernie, com quem compôs Your Song, seu letrista e um dos melhores amigos até hoje, mas as circunstâncias vão trilhando outro caminhos.
As cenas musicais são belas e lúdicas mesmo nos momentos de drogas e sexo. Elas ilustram
fatos da vida e carreira do astro por meio de seus grandes clássicos. São nesses musicais que o diretor Dexter Fletcher cria um clima imersivo e faz lembrar obras como Velvet Goldmine e Rocky Horror Picture Show.
Achei muito criativa e corajosa a solução do roteiro de narrar por meio de uma reunião de AA toda a vulnerabilidade, a crise com a sexualidade, a relação abusiva do empresário e amante, seus enlaces familiares e fazer através desse ponto de partida um filme que tem a cara e a alma de Elton John.
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