Candy Land(EUA, 2022)

O diretor e roteirista John Swab, apresenta em Candy Land, uma obra segura, às vezes muito engraçada, muitas vezes angustiante, sobre trabalhadores do sexo , ao mesmo tempo em que é um filme de terror visceral.

O longa se desenvolve dentro e ao redor de um motel de uma parada imunda de caminhões, onde os chamados “lagartos” procuram negócios (normalmente caminhoneiros estranhos ou pouco atraentes) em torno da enganosamente agradável Candy Land durante o cenário sutilmente transmitido dos anos 1990.

Enquanto o jovem Levi, Owen Campbell, de X(2022), satisfaz o xerife local ,de William Baldwin, entre outros truques mais perigosos, o grupo unido de prostitutas e namoradas (Sam Quartin, Eden Brolin e Virginia Rand) pega uma jovem aparentemente gentil e problemática, Remy (Olivia Luccardi) que foi expulsa de um culto religioso opressivo supervisionado pelo carrancudo Theo (Brad Carter). Uma série de assassinatos brutais na área começa a invadir o território e a segurança da gangue.

Os lagartos são um grupo próximo. Eles cuidam um do outro no reino pervertido em que existem. Tudo está na mesa e não há muito fora dos limites, então eles são a família que escolheram. É por isso que as coisas saem do controle quando os corpos começam a se acumular.

O filme, que tem trilha sonora de David Sardy, captura uma vívida sensação de tempo e lugar, enquanto o enredo oscila astutamente entre o realismo social corajoso, o drama empático do personagem e um mistério de assassinato terrível com uma contagem de corpos significativa.

Candy Land quer deixá-lo desconfortável. Desde as condições deploráveis em que o grupo trabalha, realizando sexo oral em cabines de banheiro onde as crianças assistem, até a natureza perigosa de seus negócios quando corpos começam a cair e um dos Lagartos é agredido. 

Swab consegue dar a seus lagartos arcos individuais impactantes que ressoam com suas conclusões. Campbell, se destaca como o único membro masculino dos lagartos, Levi e seus vários encontros, principalmente com o xerife, fornecem o máximo em termos de riscos e vulnerabilidade. 

Candy Land oferece uma perspectiva revigorante por meio da condenação da religião e do posicionamento das trabalhadoras do sexo como protagonistas. John Swab construiu um mundo de personagens peculiares (e ótimos diálogos), mostrando pessoas em vários estágios de crise de caráter. O filme é um slasher psicopata que nos pede para reavaliar os conceitos do que denota o bem e o mal por meio de uma surpreendente enxurrada de sexo e violência.