Apesar de morarem no mesmo complexo de apartamentos, não conseguem se encontrar e são obrigados a conversar online, ou por vídeochamadas, aumentando a tensão erótica para um tom febril. Por fim, a tentação de se encontrar se torna demais, culminando em uma realidade ainda mais combustível do que a anterior.
Vemos suas vidas lascivas antes do lockdown e depois a existência claustrofóbica que levam durante o confinamento. Ambos estão entediados e frustrados, mas Aldo descobre que está ganhando mais online do que ganhava na mercearia em que trabalhava antes do vírus.
O diretor mostra a vida dos dois homens como eles poderiam ter sido, não fossem as restrições que acontecem em sua imaginação por meio de seus encontros online. Román e Aldo se conhecem na rede, podem conversar e se ver por meio de vídeo, mas não podem se tocar. Mas a saudade de sentir os lábios um do outro cresce o tempo todo.
Em La Huella de Unos Labios, a COVID nunca é claramente mencionada, enquanto as restrições das medidas de lockdown são condensadas em uma espécie de cenário, erótico e distópico, de ficção científica com uma atmosfera apocalíptica.
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