Dirigido por Bill Sherwoodsm, Parting Glances é considerado um marco no cinema queer por apresentar pela primeira vez um personagem que está vivendo com o vírus da AIDS. Em 1986 ainda não se sabia muito sobre o vírus, existia apenas a certeza de que ele era mortal. O filme trata o tema com sutileza não mostrando o estereótipo da doença que seria abordado em filmes anos depois.
Robert(John Bolger) e Michael(Richard Ganoung) formam um casal que vive debaixo do mesmo teto e têm problemas conjugais como em qualquer relação convencional. Eles se preparam para a viagem de Robert para África enquanto Michael está envolvido em sua amizade com Nick, interpretado por um jovem Steve Buscemi, um rockstar diagnosticado com HIV.
O filme têm toda uma atmosfera dos anos 80, como uma loja de discos de vinil, festinhas no apê e pelos sintetizadores da trilha sonora. As cenas homoafetivas, apesar de muito bonitas foram impactantes para a época ao público quem não estava acostumado com essa realidade.
Apesar de não estar vivendo a doença em seu estado terminal Nick é perseguido por ela como por uma assombração. Está assintomático, mas assim como todo o seu círculo de amigos precisa enfrentar o preconceito e saber que a morte está próxima.
Parting Glances traz à tona assuntos ainda tão delicados no cinema, como AIDS, casamento gay e heteronormatividae e têm como pano de fundo uma efervescente Nova York. A fotografia têm momentos metafóricos como uma briga de guarda-chuvas e cenas icônicas como a quebração de louça. Pode não ser a obra definitiva sobre HIV, mas é um bom começo para discutir um tema que até hoje é considerado tabu.
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