sábado, 11 de novembro de 2023

Dicks: The Musical(EUA, 2023)


Dicks: The Musical é uma inacreditável experiência cinematográfica. Mais do que um filme, é um estado de espírito. Completamente atrevido, o primeiro musical de baixo orçamento da A24 é diferente de qualquer outra coisa realizada pelo estúdio.

Baseado no musical off-Broadway de Aaron Jackson e Josh Sharp, "Fucking Identical Twins", e escrito pelos próprios Jackson e Sharp, este é um sonho febril de escolhas tão estranhas, imundas e grosseiras, dirigido por Larry Charles, de Borat(2006) e do ofensivo Brüno(2009).


Jackson e Sharp estrelam como Trevor Tittle e Craig Brock, os dicks titulares que não sabem até a idade adulta que são gêmeos idênticos, separados no nascimento. Ambos são alfas narcisistas que também têm trabalhado como concorrentes na mesma empresa de vendas, e vivem ao lado um do outro, o tempo todo, em 69A e 69B, mas nem tudo é o que parece.

Trevor é próximo de sua mãe, Evelyn (Megan Mullally), cuja vagina caiu (naturalmente), e Craig com seu pai, Harris (Nathan Lane), que é "tão queer quanto uma nota de três dólares". Ambos os pais são solitários, então seus filhos bolam um plano: reencontrar mamãe e papai.


O diretor Larry Charles mexe com seu elenco da melhor forma possível e, de alguma maneira, mantém a energia por 86 minutos. Há até marionetes mutantes enlouquecidas que permanecem em uma gaiola e são alimentadas com presunto cuspido por seu pai humano.


Relativamente desconhecidos Jackson e Sharp, ambos artistas abertamente gays, estão interpretando o pior dos piores homens heterossexuais que se gabam do tamanho de seus pênis. Essa é a piada, além de serem gêmeos idênticos que não se parecem em nada e enganam os pais com perucas ao trocar de lugar. Os atores se inclinam para o humor com uma seriedade autoconsciente e um espírito idiota.


Dicks: The Musical é um caos ultrajante com letras esporadicamente inteligentes Além disso, nem todas as músicas funcionam.  Megan Thee Stallion recebe o número mais marcante, "Out Alpha the Alpha", matando as letras de rap e coreografias como a chefe, Gloria Master. 


Um Deus superqueer, exageradamente interpretado por Bowen Yang, narra o filme e tece o ritmo, que se move rapidamente, sem uma cena que se arraste ou uma alguma piada absurda fora do lugar. A edição é sólida, as referências divertidas(reparem nos cartazes de filmes), especialmente durante os números musicais. 

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