O filme começa em 1906, onde Celie (interpretada quando criança por Phylicia Pearl Mpasi, uma adulta por Fantasia Barrino) sofre repetidas agressões sexuais de seu pai Alphonso (Deon Cole), levando a duas gestações e partos. Ela tem uma relação próxima com sua irmã Nettie (Halle Bailey).
A história salta para 1915, onde Mister (Colman Domingo) aborda Alphonso sobre se casar com uma das filhas. Célia torna-se sua esposa. Nettie é impedida de manter contato com ela. A vida de Celie muda quando ela conhece a cantora de blues Shug Avery (Taraji P. Henson).
Uma celebridade local, Shug vive uma existência glamourosa, muito além dos meios da comunidade pobre e segregada dos outros personagens. Shug e Celie se apegam romanticamente, enquanto uma das cartas de Nettie revela que ela está vivendo uma nova vida em uma aldeia africana.
A Cor Púrpura é muito atento ao papel da fantasia e da arte em servir de consolo para as mulheres que lutam contra vidas violentas. Várias canções são encenadas como fantasias de Celie, onde a pressão de ser tratada como lixo pelos homens desaparece temporariamente.
A história lida com a difícil questão do estupro, incesto e violência doméstica, então descobrir uma maneira de retratá-los sem acumular o trauma dos personagens negros pode ter levado Bazawule a jogar as coisas com bastante calma.
Dado o período, a trilha sonora, composta por Brenda Russell, Allee Lewis e Stephen Bray, se baseia no gospel, blues e jazz, mas introduz elementos mais modernos com o passar das décadas, com um elenco repleto de cantores de R&B.
Infelizmente, no final, o maximalismo, tão empolgante no início, cansa. O filme faz um bom trabalho de equilibrar uma história complicada e grande elenco, e é mais rápido do que seus 140 minutos. A Cor Púrpura chega perto de alcançar a catarse a que se propõe, mas o desfecho se inclina para um espírito gourmet.
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