Hoje é 29 de janeiro, Dia da Visibilidade Trans, data que foi instituída em 2004, e desde então celebra a evolução e as conquistas da comunidade transgênero em nossa sociedade. Nesse dia, a página separou algumas dicas, com narrativas e pessoas trans por trás ou na frente das câmeras.
Valentina, de Cássio Pereira dos Santos, é um coming age moderno, que conta a história de uma adolescente trans, interpretada por Thiessa Woinbackk,que luta para ter o seu nome social na nova escola que foi matriculada na cidade em que se mudaram, no interior de Minas. A jornada de Valentina vai ao encontro de um caminho de descobertas, revelações, novas amizades e amadurecimento.
História de um garoto trans. Brandon Teena, morador de uma pequena cidade americana. Baseado em fatos reais, o roteiro mostra os violentos preconceitos que sofre quando sua transgeneridade é revelada. Um brutal e cruel retrato de transfobia, que rendeu à Hillary Swank, o Oscar de Melhor Atriz. Com Cloé Sevigny e Peter Sarsgaard, no elenco, o filme é um grito de socorro da comunidade LGBTQIA+, que ainda hoje segue passando tipos de situação assim
No filme, de Vuk Lungulov-Klotz, Feña que tenta manter sua vida estável durante uma noite e um dia caóticos, em Nova York, em que o passado continua se afastando dele enquanto o presente lança novos obstáculos. Ele quer desesperadamente convencer seus amigos, familiares e, principalmente, a si mesmo de que ele não é um perdedor, mas isso se mostra difícil.
Uma Mulher Fantástica(Chile, 2017)
Vencedor do Oscar de Filme Internacional, o filme conta a história de Marina, a ótima Daniela Vega, uma mulher trans. Quando seu parceiro, um homem de meia idade, morre, ela se vê diante da raiva e do preconceito da família dele. Ela luta por seu direito de sofrer - com a mesma energia ininterrupta que ela exibiu quando lutou para viver como uma mulher.
Lingua Franca(EUA/Filipinas, 2019)
Profundo e sentimental, o filme ganhador do Queer Lisboa, mira na alma, e acerta em cheio. Seu grande ponto alto, no entanto, é que a história é narrada e conduzida por uma mulher trans, Isabel Sandoval. Finalmente, estamos frente a tal visibilidade.
Paloma, de Marcelo Gomes, é um filme baseado em fatos reais que denuncia a transfobia. O roteiro de Gustavo Campos, Armando Praça e Marcelo Gomes, parte de fatos reais para ficcionalizar esse drama que expõe a violência machista por questões de gênero.
No filme de Céline Sciamma, Laure (Zoé Héran) é uma garota de 10 anos, que vive com os pais e a irmã caçula, Jeanne (Malonn Lévana). A família se mudou há pouco tempo e, com isso, não conhece os vizinhos. Um dia Laure resolve ir na rua e conhece Lisa (Jeanne Disson), que a confunde com um menino. Laure, que usa cabelo curto e gosta de vestir roupas masculinas, aceita a confusão e lhe diz que seu nome é Mickaël. A partir de então ela leva uma vida dupla, já que seus pais não sabem de sua falsa, porém verdadeira, identidade de gênero
Num Ano de 13 Luas(Alemanha, 1978)
Em 1978, o gênio do cinema alemão Rainer Fassbinder já estava muito a frente de seu tempo e tratava com naturalidade temas como redesignação de sexo e transexgeneridade. Num Ano de 13 luas, filme intimista que realizou após a morte de um namorado, é um triste retrato de uma transgênero que sofre com sua condição e vive uma jornada existencial de desprezo e humilhações. Como toda a obra do diretor, o filme é impregnado de analogias e crítica social.
O Funeral das Rosas(Japão, 1969)
A obra prima e imersiva, de Toshio Matsumoto, relata a história de Eddie, uma trans excepcionalmente bonita e uma das melhores hostess em um dos mais famosos clubes noturnos do Japão. Eddie tem um amor obsessivo pelo proprietário do clube, que já está envolvido com, Leda, uma travesti madura e ciumenta. Eddie tem flashbacks confusos de sua infância: do seu pai sempre ausente e lembranças nebulosas e estranhas de sua mãe. Ela tem uma fotografia escondida em seu apartamento - mas o rosto na foto de seu pai foi queimado por sua mãe há alguns anos. À medida que o filme avança, começa-se a entender melhor a mente de Eddie e a juntar os pedaços da verdade terrível sobre o seu passado violento.
Vestida de Azul(Espanha, 1983)
o diretor espanhol Antonio Gimenez Rico estava inovando ao retratar a realidade de mulheres trans em seu país, em um período, de transição, pós ditadura franquista. Vestida de Azul é simplesmente um ícone sobre transgeneridade na Espanha. O filme narra a história real de Lorena, Reneé, Nacha, Tamara, Eva e Josette, contadas por elas mesmas.
O filme de Laurent Micheli, não se propõe a uma discussão profunda sobre identidade de gênero, não aquele gênero que estamos acostumados a nos ver atribuídos ao nascimento. Não há questão de fluidez, já que a heroína nascida Lionel vive e se vê como Lola, uma jovem mulher.
Vera é um homem trans que prefere ser chamado de Bauer. Embora afirme que é um homem, a sociedade não tolera e o vê como uma mulher lésbica. O filme, de Sérgio Toledo, é um marco do cinema nacional, por anos antes da retomada, trazer à tela um tema urgente, o da transexualidade masculina. Essa pérola, premiou Ana Beatriz Nogueira com o Urso de Prata, por sua atuação, no Festival de Berlim, mas passou anos esquecido e está enfim, sendo redescoberto.
Ousado, desinibido e direto são apenas alguns adjetivos para descrever o retrato fascinante, íntimo e honesto de D. Smith da vida de quatro trabalhadoras do sexo trans negras, Daniella Carter, Dominique Silver, Koko Da Doll e Liyah Mitchell. Das avenidas de Nova York às ruas de Atlanta, a intimidade com que cada mulher relata suas experiências e observações é única.
Monica (Trace Lysette), uma mulher transgênero, está afastada de sua mãe, Eugenia (Patricia Clarkson), há 20 anos. Quando descobre que Eugênia está doente, ela volta para sua cidade natal para ajudar a cuidar dela. Ela também reencontra seu irmão, Paul (Joshua Close), que chega lá com sua esposa, Laura (Emily Browning) e seus filhos. O diretor Andrea Pallaoro tece uma exploração lírica e comovente do amor, compaixão, perdão, reconciliação e cura da dor emocional.
O filme acompanha a vida de cinco pessoas, que possuem em comum, o fato da vida ser atravessada pela transgeneridade. Érikah é professora, Samilla é funcionária pública. Caio é paramédico, Kaio Lemos é pesquisador. Mara é jornalista e mãe de uma adolescente trans, Lara. Os cinco têm origens, formações e classes diferentes.
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