Rebecca, uma loira hitchockniana, está interessada em Eileen, muito diferente do resto, que a percebem desde a infância como um ratazana e como a filha de um ex-policial, agora alcoólatra.
Dra. Bex percebe Eileen e imediatamente toma gosto por ela. Rebeca é nova na cidade e não tem amigos. Eileen também não tem amigos. Elas vão a um bar depois do trabalho. Elas tomam algumas bebidas. Elas desenvolvem uma amizade que é mais profunda do que qualquer coisa que Eileen experimentou a vida inteira.
O longa remete à Carol, com seu espírito natalino, mas também a Hitchcock. O filme se passa no inverno nevado de 1964 em Massachusetts, e, é baseado no primeiro romance, de 2015, de Ottessa Moshfegh. O diretor britânico William Oldroyd (Lady Macbeth) entra na psicodinâmica do thriller e o coescreve com Luke Goebel e com a própria autora do premiado romance em que o filme se baseia.
Tecnicamente, este é um longa que se que leva de volta a um tempo em que fumar parecia sexy. O diretor de fotografia, Ari Wegner, traz uma atmosfera invernal da Nova Inglaterra que se torna aconchegante e fria, o figurino requintado, de Olga Mill, revela detalhes sobre esses personagens e suas personalidades, e a trilha sonora pesada de Richard Reed Parry, do Arcade Fire, nos mantém imersos.
Há explosões surpreendentes de violência ao longo do caminho (principalmente da cabeça de Eileen), fazendo com que a mudança para o perigo legítimo não pareça que vem do nada.
Eileen é consistente, sexy e imprevisível. Thomasin McKenzie dá uma performance crua e convincentemente comovente. Ela efetivamente lida com a vulnerabilidade e os pontos fortes de Eileen enquanto dá vida ao seu papel. Ela e Anne Hathaway têm uma química palpável junto com muitos momentos discretos que implicam uma atração física e/ou romântica entre Eileen e Rebecca.
Eileen é um conto sombrio de sedução e vidas que estão quase perdidas, agarrando-se a pequenos pedaços de esperança em um mundo que não fornece muito e se importa ainda menos.
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