sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Vermelho, Branco e Sangue Azul(Red, White & Royal Blue, EUA, 2023)

Vermelho Branco e Sangue Azul, adaptação do romance best-seller, de Casey McQuiston, chega à Prime Video pelas mãos de Matthew Lopez, dramaturgo da Broadway, que dirige e co-escreve o longa-metragem. 

O filme é uma fantasia onde o filho da presidenta dos Estados Unidos, vivida por Uma Thurman, Alex Claremont-Díaz(Taylor Zakhar Perez), e o príncipe britânico, Henry( Nicholas Galitzine) experimentam o romance. Tudo começa com os dois protagonizando um escândalo público que ameaça prejudicar a relação diplomática entre os Estados Unidos e o Reino Unido, o que faz com que as respectivas instituições os obriguem a fingir uma amizade para reparar a situação.

Esta amizade vai-se tornando cada vez mais real, evoluindo para uma relação romântica e sexual que ambos terão de manter em segredo. Nada disso funcionaria sem as performances perfeitas de Zakhar Perez e Galitzine, cada um dando vida a seus personagens com precisão. Ambos são absolutamente cativantes em todas as cenas, suas mudanças de humor vão do espirituoso para um toque íntimo, autêntico e suave. 


A química do casal é muito palpável, é percebida nos seus olhares, na sua linguagem corporal, nos momentos de ternura que os aproximam e reproduzem aquela sensação tão reconhecível de amor secreto. A faísca se acende desde a primeira cena.



Alex e Henry se desejam fortemente, eles estão com muito tesão o tempo todo. É isso que separa o filme de outras comédias românticas em que o sexo ocupa um lugar secundário ou não é mostrado, tornando mais fresca sua perspectiva quando se trata de explorar o gênero. 

Embora o filme dê muita ênfase à sitcom, acentuando um humor que talvez não tenha tanto no livro, ele também deixa espaço para a emoção. E é bastante sincero, especialmente quando se trata do processo de autodescoberta de Alex e Henry, apaixonando-se e entrando em conflito, dois homens presos em uma gaiola de vidro e condicionados por normas arcaicas que impedem o desenvolvimento de seus verdadeiros eus. 


Navegando no armário em meio ao seu relacionamento florescente, a história de Henry é contadora sobre a homofobia que continua a assolar a Grã-Bretanha. O lugar feliz de Henry é um museu, onde ele pode vagar livre dos espectadores e paparazzis.  Por outro lado, Alex se apega às suas raízes operárias, latinas e bissexuais. Ele debate se deve se juntar à campanha de reeleição de sua mãe e aos complicados laços familiares do príncipe Henry.


Vermelho, Branco e Sangue Azul define como o amor queer poderia ser para dois homens, enquanto se interessa levemente pela política americana e britânica. Uma classificação R garante que nada seja higienizado. A sexualidade orgânica da história expande a relação entre os dois protagonistas de uma forma crível. 



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