sábado, 23 de março de 2024

Slay(EUA, 2024)

Elas já tiveram que dublar por suas vidas e agora precisam lutar para sobreviver. As RuGirls, Trinity The Tuck, Crystal Methyd, Heid N Closet e Cara Melle(da edição britânica), estrelam Slay, comédia de terror, original Tubi, onde por 'engano', vão parar num remoto bar de motoqueiros, para se apresentar.

Escrito e dirigido por Jem Garrard, que vem do universo das séries, o longa é surpreendentemente bem filmado e divertido. Em uma mistura de Drag Race com Walking Dead, acompanhamos essas queens, chefiadas por Mama(Trinity), que acabam em um bar de machões e precisarão lutar contra vampiros.


O que começa como uma aventura a la Priscilla a Rainha do Deserto, logo servirá referências à Buffy e Crepúsculo, quando essas rainhas da peruca, estarão cravando saltos brilhosos, ao invés de estacas, ao som de Doja Cat, em criaturas sanguinolentas.


Está certo que o visual dos vampiros deixa a desejar, mas faz parte da essência trash do filme. O que vemos aqui é um conto de aceitação, quando pessoas queer precisam se unir a motoqueiros para combater monstros. que não se sabe muito bem de onde saíram. E o filme é realmente engraçado, com trocadilhos para todos os lados.


Trinity the Tuck tem o maior destaque como Mama, assim como Cara Melle, como Olive Wood, que tem realmente muita presença, no entanto todas têm seu momento de brilhar, assim como os dois jovens queers que aparecem na boate e garantem sua permanência, e até um pouco de romance.


Tudo é muito kitsch e muito camp, a montação das drags está sempre impecável e há troca de looks, mas o que realmente importa aqui, é a alegoria dos dentes afiados. Na constante perseguição às pessoas queer, Slay coloca Drag Queens, um verdadeiro símbolo de resistência, como heroínas.


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