Sue (Maggie O'Neill) vive mais uma decepção romântica e se prepara para voltar ao circuito de namoro, com uma grande taça de vinho tinto na mão. No cenário improvável do funeral de seu irmão, ela conhece um motoqueiro melancólico e vestido de couro chamado Ron (Tony Pitts).
Uma conexão entre eles parece preencher o vácuo da solidão. Mas então Sue conhece o filho de Ron, Anthony (Harry Trevaldwyn), um gay pintoso, aspirante a dançarino e influencer digital. Depois de um início promissor, em que Sue e Anthony se unem sobre comida tailandesa e astrologia, o jovem decide que a odeia.
O tecido narrativo se atrapalha quando Sue encontra Anthony, que transmite aos seus seguidores o quão literalmente ohmygod se sente ao conhecê-la, antes que as coisas se tornem definitivamente ácidas.
Sweet Sue funciona melhor como um retrato de uma mulher complexa, não totalmente simpática. Onde vacila é na relação entre Sue e Ron, cada vez mais retraído, que recua como personagem enquanto Sue e Anthony cospem insultos e brilho um no outro.
Muito do desenvolvimento e motivação dos personagens foi trabalhado durante os ensaios e diálogos improvisados. Então esse é o tom. Há um absurdo sombrio que atravessa o coração de Sweet Sue que é encontrado em tudo, desde sua estranha trilha sonora até a necessidade dos personagens de zombarem frequentemente da desgraça um do outro. Cada personagem é uma caricatura de seus piores traços.
Abaixo do surrealismo de tudo isso, há uma interessante representação da masculinidade. Rony, embora nunca demonstre, está desconfortável com a sexualidade de Anthony. Ele raramente fala uma palavra para ele a não ser quando ele está expressando seu descontentamento por ser provocado por ele em público, e ele usa seu capacete de motocicleta como um cobertor de conforto para sua própria masculinidade, recuando para ele quando as coisas ficam demais.
Assim como Sue, Ron e Anthony podem estar prestes a formar uma família viável e disfuncional, mas o amor de Sue pelo ridículo ameaça derrubá-los enquanto Anthony se prepara para uma de suas noites de dança kitsch. Para ela, toda a ideia de ordem doméstica estabelecida parece mais uma armadilha, e escapar de uma mentalidade adolescente acaba sendo o desafio para os personagens.
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