segunda-feira, 15 de julho de 2024

The Blue Rose (EUA, 2023)

Com apenas 18 anos, George Baron lança e estrela seu primeiro filme como diretor. The Blue Rose é uma ode à sua maior inspiração, David Lynch, tecendo elementos de mistério, surrealismo e nostalgia, com visuais elaborados e mistérios sombrios.

O filme apresenta uma pequena cidade dos anos 1950 onde tudo parece idílico em tons pastéis.  Mas um assassinato ocorreu, abalando a comunidade em sua essência. Nessa situação inquietante entram os detetives Dalton(George Baron) e Lilly(Olivia Scott Welch ), jovens policiais ansiosos que esperam deixar sua marca. Eles se veem atraídos por uma investigação sinistra que se estende muito mais fundo do que o inicialmente esperado.


Dalton, que tem um alter ego feminino e a detetive Llly, que é gay investigam a morte de Harold O'Malley (Manny Liotta), que foi esfaqueado por sua esposa Sophie (Nikko Austen Smith), que imaginou que seu peito era uma torta de cereja de prato profundo. Isso traz a dupla para a órbita da sinistra irmã da alta sociedade de Sophie, Norma (Danielle Bisutti), a cantora de boate Catherine Christainson (Glume Harlow), e vários universos de limbo semi-alternativos.


À medida que Dalton e Lilly se aprofundam, sua realidade começa a se distorcer de maneiras bizarras. Sonhos estranhos interrompem suas noites, enquanto encontros surreais distorcem seus dias. As pessoas não são quem parecem e os lugares mudam de maneiras impossíveis. A fronteira entre realidade e ilusão começa a se borrar.


O grande destaque de The Blue Rose é sua estética impecável. Da cinematografia ao design de produção, o filme transporta para o peculiar mundo noir dos anos 1950. O diretor George Baron e o diretor de fotografia Blaine Dunkley criam cada cena com vivacidade imersiva.

As imagens assumem um clima lynchiano, com uma mistura inquietante do familiar e do inexplicável. Cenários oníricos parecem arrancados diretamente de Twin Peaks ou Blue Velvet. Os símbolos difundidos de rosas e triângulos azuis adicionam outra camada de mistério típica das obras de David Lynch.


Embora claramente inspirado por essas figuras lendárias, Baron coloca seu toque único no filme. Sua nova perspectiva e seu exercício experimental fazem com que isso não pareça uma mera homenagem; é um feito espantoso que se mantém confiante em seus próprios méritos.


A estreia de George Baron na direção, The Blue Rose, mostra imensa promessa e talento criativo. Embora um tanto irregular, o filme consegue transportar os espectadores para um mundo de sonhos surreal com visuais exuberantes e alusões reflexivas. Baron usa suas influências com orgulho, mas carimba o filme com sua própria marca de narrativa surrealista instigante.


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