No capítulo de abertura, somos apresentados ao pai devotado Vicente, esperando ansiosamente suas filhas Violeta e Eva no aeroporto local do Novo México. Já faz um tempo que ele não vê as meninas, agora estudantes do ensino fundamental cheias de curiosidade. A charmosa casa latina, herdada da avó das meninas, garante um charme único e reafirma as raízes dessa família.
Mas, na segunda reunião, alguns anos depois, surgem pequenas fraturas nessa visão infantil. Vicente parece distraído, lutando para lembrar detalhes básicos sobre a vida das filhas. Vislumbres de seu alcoolismo e explosões de temperamento explicam sua cautela. Ainda buscando conexão, a pequena Eva suporta os comentários insensíveis de seu pai, enquanto a desafiadora Violeta encontra consolo na amiga da família Carmen, cuja autoconfiança a inspira a abraçar sua própria identidade queer.
As coisas pioram ainda mais no terceiro capítulo, com Violeta não fazendo a viagem. No quarto capítulo , tanto Eva (Sasha Calle) quanto Violeta (Lio Mehiel, de Mutt), agora tendo transicionado, encontraram algum senso de paz nos limites que têm com seu pai, já que ele está criando outra filha, esperançosamente mudando a trajetória de sua vida.
Nada sobre In the Summers é descomplicado. Vicente é um pai ruim, mas não a versão estereotipada. Ele não bate nelas ou abusa delas fisicamente; ele não nega a homossexualidade de Violeta, e ele realmente parece tentar ser o melhor pai que pode ser. Mas ele também é um cara machista que não sabe como expressar seus sentimentos.
O longa consegue capturar o sentimento de anseio por conexão que pode ser sentido entre pais afastados e seus filhos, ao mesmo tempo em que reconhece que algumas fraturas não podem ser curadas por nenhuma férias de verão. Existem machucados que nem a água da piscina podem lavar.
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