domingo, 10 de novembro de 2024

Meu Eu do Futuro (My Old Ass, Canadá/EUA, 2024)

Elliott (Maisy Stella) mora na bela Ontário, em uma fazenda de cranberry. Ela se formou no ensino médio e partirá para Toronto, em 22 dias, para estudar. Em seu aniversário de dezoito anos, ela decide tomar cogumelos alucinógenos com suas amigas Ro (Kerrice Brooks) e Ruthie (Maddie Ziegler). Durante a viagem, Elliott é confrontada por uma versão dela mesma, de 39 anos, interpretada por Aubrey Plaza. 

A “velha bunda” de Elliott não quer revelar muito sobre o que virá, mas dá duas tarefas ao seu eu, de dezoito anos; Passe mais tempo com sua família, o que ela realmente faz se reconectando com mãe e irmãos, e nunca namore alguém chamado Chad. Este último é um pedido especial, já que Elliott é lésbica. Elliott não dá muita importância a essa conversa. Afinal, foi tudo alucinação.


Menos de um dia depois, ela encontra o ajudante de verão de seu pai e o nome dele é Chad (Percy Hynes White). De repente, Elliott tem motivos para duvidar da trip.. Afinal, era real? Afinal, ela deveria levar o conselho a sério? Chad parece tão perfeito, então o que ele poderia ter feito no futuro para que Elliott fosse avisado sobre ele e por que ela de repente sentiu sentimentos por um menino? Sua viagem a deixa com mais perguntas do que respostas. Felizmente, ela mesma, de 39 anos, colocou seu número no telefone de Elliott para que elas pudessem continuar se comunicando.


Escrito e dirigido por Megan Park, “Meu Eu do Futuro” teve sua estreia mundial no Festival de Cinema de Sundance de 2024. O tom do filme é muito mais leve do que “The Fallout”, a estreia de Park na direção de um longa-metragem sobre adolescentes lidando com as consequências de um tiroteio em massa em sua escola. 


Aubrey Plaza, embora tenha destaque no material promocional, desempenha apenas um pequeno, porém fundamental, papel. Com seu humor seco, a atriz tem a oportunidade aqui e ali de mostrar um pouco mais de profundidade da Elliot adulta.


‘Meu Eu do Futuro’ entende de seu elemento queer. A diretora captura como os jovens falam sobre o tema e que o tabu não é mais o que era. Elliott e Ro têm uma conversa hilária e alegre sobre o repentino interesse de Elliott por um garoto. Isso significa apenas que, ao contrário do que ela pensava, ela não é lésbica, é bi.

Além das performances, Park infunde nostalgia no filme por meio de uma cinematografia lírica de Kristen Correll. A estética dourada e nebulosa e as paisagens florestais exuberantes quase agem como outro personagem. O cenário remoto da comunidade do lago enfatiza a separação dessa bolha adolescente antes que as realidades adultas se instalem.


Embora pudesse haver mais cenas entre a Elliott mais jovem e a Elliott mais velha, o filme faz questão de mostrar que esta história não quer depender muito de um truque de viagem no tempo. E apesar do título do filme ser "Meu Eu do Futuro", o foco da história permanece consistentemente da perspectiva da Elliott do presente.

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