Navalha na Carne(Brasil, 1969), de Braz Chediak
Decameron(Itália, 1971), de Pier Paolo Pasolini
Repleto de uma sensibilidade queer, nudez masculina e subversão, o filme é a adaptação de contos de Boccaccio, como as freiras devassas que realizam milagres sexuais, uma esposa traiçoeira com habilidade para negócios, um artista tuberculoso à beira da morte que tenta trapacear o Céu, jovens amantes flagrados e mais.
Rebecca(EUA, 1940), de Alfred Hitchcock
Em 1940, o mestre Alfred Hitchcock chegava aos Estados Unidos com Rebecca, uma adaptação do romance homônimo, de Daphne du Maurier, incrivelmente fiel à obra literária original e seus controversos subtextos. Uma história de amor gótica dominada pelo suspense, além disso, entrega um romance heterossexual fracassado. Uma das personagens mais memoráveis do filme, a Sra. Danvers(Judith Anderson), oferece mensagens escondidas aos espectadores LGBTQIA+ dos anos 40.
Noite Vazia(Brasil, 1964), de Walter Hugo Khouri
Em São Paulo, dois amigos (um deles casado e de família rica) tomam duas prostitutas para uma noite de busca de prazeres diferentes. Mas a experiência acaba por ser frustrante para todos os envolvidos, pela amargura em suas conversas e atitudes que revelam angústias e sentimentos mais profundos, além do vazio de suas vidas. Odete Lara e Norma Bengell brilham na pele das profissionais do sexo.
As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant(Die Bitteren Traenen der Petra Von Kant, Alemanha, 1972), de Rainer Fassbinder
Adaptado da peça homônima do próprio Rainer W. Fassbinder, Petra von Kant é uma estilista de sucesso extremamente arrogante e egocêntrica, que tem como única pessoa próxima sua secretária. Num dia, ela se apaixona por uma jovem aspirante à modelo chamada Karin, que vai morar em sua casa e usá-la até não precisar mais. Neste que é provavelmente o filme mais feminino do cineasta, homem nenhum aparece em cena, apenas simbolicamente através da tela Dionísio, que estampa a parede do apartamento.
O Beijo da Mulher Aranha(The Kiss of Spider Woman, Brasil/EUA, 1985), de Hector Babenco
Em 1985 em meio à crise de produção do cinema nacional, Hector Babenco dirigiu em coprodução com os EUA, O Beijo da mulher aranha, baseado no romance homônimo do argentino Manuel Puig, e considerado sua obra prima. Com muitos atores brasileiros no elenco, mais notavelmente Sonia Braga, a trama transcende masculino e feminino ao abordar a relação entre dois prisioneiros em uma cela de prisão. Valentin( Raul Julia) é um jornalista preso político, enquanto Molina, interpretado pelo ganhador do Oscar, William Hurt, é um homossexual que está preso por corrupção de menores.
O Beijo no Asfalto(Brasil, 1981), de Bruno Barreto
Baseado na peça de Nelson Rodrigues e estrelado por Ney Latorraca, Daniel Filho, Tarcísio Meira e Christiane Torloni, o filme acompanha o desfecho de um desconhecido que é morto ao ser atropelado por um ônibus e, agonizante, pede a um bancário que lhe de um beijo na boca. Este gesto é transformado em escândalo pela imprensa sensacionalista e o homem que cometeu o "crime" de beijar um agonizante passa a ser alvo de preconceito popular e também a ser investigado pela polícia, que começa a supor que o acidente tenha sido um assassinato.
Zero de Conduta(Zéro de conduite, França, 1933), de Jean Vigo
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