"Riley", de Benjamin Howard, explora a complexa jornada de um jovem atleta do ensino médio, Dakota Riley, cuja vida se desfaz quando sua identidade queer entra em conflito com as expectativas que foram impostas sobre ele. O filme é uma história sensível e comovente sobre autodescoberta, aceitação e as pressões da adolescência.
A história segue Dakota (Jake Holley) enquanto ele navega pela monotonia e pelas expectativas da adolescência - esportes, salas de aula, e as dinâmicas sociais da escola. O jovem é um atleta disciplinado, cuja vida é governada por um plano meticuloso que ele e aqueles ao seu redor esperam que siga. No entanto, seu conflito interno com sua sexualidade começa a desestruturar esse plano, forçando-o a confrontar quem realmente é versus quem ele deveria ser, conforme imposto por sua família e sociedade.
"Riley" se sai bem em tratar a temática queer não apenas como um confronto pessoal, mas também como um desafio social e cultural. O filme apresenta um olhar crítico sobre as expectativas de masculinidade e heteronormatividade no contexto esportivo, algo que ainda é pouco explorado no cinema mainstream.
Jake Holley entrega uma performance que captura perfeitamente a angústia e a confusão de Dakota, oferecendo uma interpretação sutil e poderosa. Os coadjuvantes, como Colin McCalla e Riley Quinn Scott, complementam bem o elenco, adicionando camadas à narrativa ao retratar os diferentes aspectos da vida de Dakota. A direção de Benjamin Howard cria um ambiente que reflete tanto a rigidez das expectativas quanto a turbulência emocional de Dakota.
A fotografia, de Michael Elias Thomas, traz beleza e autenticidade, contribuindo para a imersão do espectador na vida e na mente de Dakota. A escolha de focalizar a luta interna de Riley ao invés de apenas as manifestações externas oferece um olhar introspectivo que é tanto poético quanto doloroso.
"Riley" não apenas conta uma história de um jovem atleta, mas também se conecta com qualquer um que já se sentiu preso entre quem é e "quem deveria ser". Ele não oferece respostas fáceis ou conclusões simplistas, mas sim convida o espectador a refletir sobre a complexidade da identidade, a importância da autoaceitação e o papel da sociedade na formação da autoimagem.
https://youtu.be/h0H0b9dT90E
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