O filme, de Gaël Morel, é um drama com uma abordagem nostálgica dos anos 90, um período marcado pela epidemia de AIDS. O filme é centrado em um triângulo amoroso composto por Emma ( Lou Lampros), Sammy (Théo Christine) e Cyril (Victor Belmondo), cujas vidas são intrinsecamente ligadas tanto pelo amor quanto pela doença.
Ambientado em Paris no início dos anos 90, o filme retrata a vida de três jovens que experimentam o amor em um contexto onde o HIV/AIDS ainda era uma sentença quase inevitável de morte. A trama explora as nuances de relacionamentos héteros, bi e homossexuais, apresentando um retrato inclusivo do amor e da amizade.
Cyril, claro, tem um motivo oculto, ele é HIV positivo e recentemente parou de tomar o AZT devido a efeitos colaterais insuportáveis. Acontece que isso não é um grande problema; tudo o que é preciso é uma ida à máquina de venda de preservativos mais próxima.
A história avança ao longo de uma década, capturando a transformação pessoal e social dos personagens em resposta à crise sanitária. A chegada dos tratamentos como a terapia tripla, traz esperança e uma nova perspectiva sobre a vida.
Gaël Morel, conhecido por sua sensibilidade ao tratar de temas humanos profundos, mantém um tom melancólico e poético. Como em Conquistar, Amar e Viver Intensamente (2018), de Christophe Honoré, o filme evita o melodrama excessivo, optando por uma abordagem mais sóbria e realista, embora não deixe de lado momentos de pura beleza.
Lou Lampros, Théo Christine e Victor Belmondo oferecem performances que são o coração do filme. Lampros, em particular, é notável por sua capacidade de transmitir vulnerabilidade e força. A química entre os atores é palpável, tornando o triângulo amoroso tanto crível quanto cativante.
o longa trata com delicadeza um tema pesado e é suavizado por sua trilha sonora POP. O filme é visto como um retorno triunfante de Morel ao cinema, com habilidade de criar uma narrativa que é ao mesmo tempo solar e sombria.
O filme é uma homenagem às vidas perdidas para a AIDS, mas também uma celebração do amor em todas as suas formas. Ele serve como um lembrete da fragilidade da vida e da resiliência humana frente à adversidade. Com sua direção sensível e performances comoventes, "Vivre, mourir, renaître" é mais que um longa sobre uma epidemia; é sobre a capacidade de renascimento, de encontrar luz na escuridão e de amar sem limites.
https://www.youtube.com/watch?v=-90WpMKTduM
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