No dia de seu aniversário de 16 anos, Jamie(Max Harwood) ganha um par de sapatos altos, vermelhos e cintilantes, como os de Dorothy, de O Mágico de Oz. O sonho do garoto, do interior da Inglaterra, é ser uma verdadeira Drag Queen, e sua mãe Sarah (Sarah Lancanshire) lhe ajudará nessa jornada com muito amor.Baseado no musical de mesmo nome, que por sua vez foi inspirado em um documentário de 2011, Jamie: Drag Queen: at 16, a história real contada na produção, da Amazon Prime Vídeo, dirigida por Jonathan Butterell, traz letras de empoderamento escritas por Tom MacRae, que também assina o roteiro.
Quando se sente pressionado, Jamie, imagina números lúdicos, coloridos e onde todos dançam e celebram sua identidade. Na vida real, porém não é bem assim, o personagem sofre com a homofobia vinda de seu pai Wayne(Ralph Ineson), e por parte do corpo docente da escola onde estuda.
No dia em que vai comprar seu primeiro vestido, Jamie acaba conhecendo Hugo, o ator Richard E. Grant, uma drag queen veterana, Loco Chanele, que lhe ensinará o passo a passo para subir nos palcos.
A entrada da personagem, traz um dos números mais comoventes, com supostas imagens de arquivo, da metade do final dos anos 1980 e início dos 1990, onde mostra, em meio a morte de Freddie Mercury e a filantropia de Lady Di, que seu parceiro partiu de AIDS.
Cheio de referências à cultura POP, que vão de Roy Lichtenstein, Madonna a Picasso, o filme possui uma estética fabulosa, de videoclipe, graças a direção de fotografia de Christopher Ross. Há musicais para todos os gostos, há também o bonito momento de empoderamento da amiga mulçumana de Jamie, Pritti(Lauren Patel).
“Drag Queens não usam a palavra eu não consigo” e com esse conselho que Jamie passa a seguir a vida, para quem sabe um dia ser como Bianca del Rio. A propósito, a ganhadora da sexta edição de RuPaul’s Drag Race, faz uma breve aparição no filme montada e também como o professor de artes.
Quando Jamie vai ao baile de vestido, temendo a reação do popular Dean Paxton(Samuel Bottomley) e dos demais, é apoiado por todos e entra na festa contra a vontade da professora, dando o primeiro passo para uma nova vida. Lúdico, o filme é quase como um sonho bom, livre, leve, colorido e mágico, como só o cinema musical consegue ser. No final todos falarão sobre o protagonista e sua bonita jornada de transformação.
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