Os créditos de abertura de Joe Bell mostram que o filme é baseado em uma história real. O drama, do diretor Reinaldo Marcus Green, escrito por Diana Ossana e Larry McMurtry, roteiristas de O Segredo de Brokeback Mountain, se esforça para fazer justiça para Joe Bell, personificado por Mark Wahlberg, um homem de Oregon que em 2013, começou a caminhar pelos Estados Unidos para chamar a atenção para o bullying depois que seu filho, Jadin(Reid Miller), foi implacavelmente ridicularizado e intimidado na escola por ser gay.
Uma história sincera e emocional de um homem lutando para chegar a um acordo com o que aconteceu com seu filho e com sua própria cumplicidade nisso. Logo descobrimos que Jadin, se suicidou, e que o garoto que o acompanha na estrada, cantando Lady Gaga e divagando, é na realidade fruto de sua imaginação ou numa hipótese mais mística, o espírito do jovem.
O filme segue Joe em sua caminhada, mas preenche a história com muitos flashbacks, começando com a vez que Jadin contou a seu pai sobre o bullying, mas Joe só queria que seu filho endurecesse. "Tudo vai dar certo", diz ele, ansioso para voltar para a nova TV de tela grande na outra sala, que está passando o jogo de futebol.
Joe percorreu uma boa distância física e mental desde aquele momento, mas a culpa pesa enquanto ele faz seu caminho através de Utah e entra no Colorado, adquirindo certo reconhecimento ao longo do trajeto, onde recebe a visita da esposa Lola(Connie Britton) e do filho caçula.
Os flashbacks ficam mais brutais e mais extensos - a longa seção central do filme é quase toda por meio dessa narrativa intercalada, com seu melodrama urgente em sua maior parte menos convincente do que a interação sutilmente mutável entre Joe e Jadin.
A espinha dorsal do filme, que é a caminhada de Joe, é uma busca amplamente solitária, mas para que possamos acompanhar seu progresso, Joe precisa ter momentos em que interage com outras pessoas sobre o que ele está passando, seja uma conversa na estrada ou uma visita a um bar de drag queens. Algumas dessas conversas mostram seus pontos de maneira sutil, mas outras explicam tudo de uma forma que fazem um trabalho emocional muito pesado.
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