quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Now Apocalypse(EUA, 2019)

Now Apocalypse contém todos os ingredientes que fizeram Gregg Araki se destacar como um dos criadores do new queer cinema: um elenco bonito, uma infinidade de cenas e possibilidades sexuais, os fetiches que não faltam, uma fotografia colorida marcante, aliens e uma trilha sonora incrível.

A história gira em torno de Ulysses (Avan Jogia), apaixonado pelo enigmático Gabriel (Tyler Posey) e obcecado/atormentado por sonhos estranhos que parecem indicar que algum tipo de catástrofe está prestes a acontecer.


Outros personagens relevantes seriam: Carly (Kelli Berglund), BFF de Ulysses e aspirante a atriz, embora ganhe a vida como Cam Girl, o doce, lindo e hipersexualizado Ford (Beau Mirchoff), colega de quarto de Ulysses e projeto de roteirista; e Severine (Roxane Mesquida), a fria, sexy e também enigmática namorada deste último.

Há ainda Jethro(Desmond Chiam), que emula James Duval, dos filmes do diretor dos anos 1990, e protagoniza momentos tão intensos quanto cômicos ao lado da namorada Carly. Duval também aparece brevemente como o clássico sem-teto que anuncia o fim do mundo.


E embora certamente muitos não vejam mais longe, a série tem muitas outras coisas para nos oferecer. Como um olhar completo e mais complexo do que pode parecer sobre as relações humanas, todas envoltas em cores vivas e na forma de uma comédia atípica.

A sua comédia, sexo e humor, acima de tudo absurdo, formam uma boa combinação, a direção de arte detalhada e sua trilha sonora esplêndida são garantias mais do que suficientes para que o público não fique indiferente com Now Apocalyse.

Incrível, a trilha-sonora traz nomes como Slowdrive, Disclosure ft. The Weekend, Years & Years, Frank Ocean, French 79, FKA Twigs, Morcheeba, Franz Ferdinand, Interpol, My Bloody Valentine, Troye Sivan, Nine Inch Nails, M83, Kings of Convenience, Bat for Lashes, Chromatics, Yeah Yeah Yeahs, LCD Soundsystem, Pixies, Ladytron, Portishead, The XX, entre muitos outros.


O melhor de Now Apocalypse é nos devolver ao Araki mais transgressor; a um Araki renovado, inserido na atualidade dos apps com força total. A série é uma brincadeira muito apetitosa onde se acumulam nudez livre e cenas sexuais cheias de fetichismo. O pior, é que a atração foi cancelada, pelo Starz, e no entanto seu desfecho ficou em aberto.


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