O roteirista de As Horas(2002), Michael Cunningham, retorna ao território familiar com este drama sobre as complexidades dos relacionamentos. Estamos em 1970, Cleveland: após a morte de seus pais, o adolescente Bobby vai morar com seu amigo Jonathan.
Os dois são inseparáveis, fumando maconha e ouvindo música juntos e eventualmente explorando sua sexualidade um com o outro. Ensolarado e filosófico, Bobby não se incomoda com essas experiências, mas Jonathan acha a proximidade cada vez mais claustrofóbica e se muda para Nova York no final do ensino médio para afirmar sua individualidade.
Com 24 anos, Bobby (Colin Farrell) finalmente voa no ninho para se reunir com Jonathan (Dallas Roberts), que agora é abertamente gay e compartilha um apartamento artístico em East Village com a designer de chapéus Clare (Robin Wright Penn) , que ostenta um penteado diferente em cada cena.
A divisão do apartamento se transforma em um triângulo amoroso instável e velhos problemas entre os meninos ressurgem, quando Jonathan começa a sentir que Bobby está mais uma vez assumindo sua vida.
Os personagens de Cunningham são críveis, sedutores e habilmente interpretados pelo elenco. O jovem Bobby (Erik Smith) está radiante de inocência e otimismo quando convence a mãe de Jonathan, a sensacional Sissy Spacek, a experimentar seu primeiro baseado e depois a abraça em uma dança lenta.
Chama a atenção uma dependência da sensação nostálgica e retrô, que o diretor Michael Mayer aplica. Nada no filme é convencional. A família de três membros é intrigante não apenas para nós, mas para eles, porém o que mais fascina neste melodrama é a indefinição de um de seus personagens principais.
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