Após o sucesso da primeira temporada Chucky, de Don Mancini, está de volta e mais metalinguística do que nunca. Como da vez anterior, a série começa no Halloween, parece um aceno explícito de volta à estreia da série, embora sua representação da homofobia parental seja menos extrema.
Com o fim da primeira temporada envolvendo Andy (Alex Vincent) sendo mantido sob a mira de uma arma por Tiffany (dublada por Jennifer Tilly) em um caminhão cheio de 72 bonecos Chucky, Jake(Zackary Arthur) e Devon(Björgvin Arnarson), órfãos, são mandados para uma instituição católica, junto de Lexy(Alyvia Alyn Lind), agora viciada em substâncias
A Escola do Senhor Encarnado é mais um componente significativo, ela colocará a religião em debate na série. No entanto, o tempo de Jake no sistema de assistência social reflete as experiências do mundo real da juventude LGBTQIA+ e apresenta um argumento sobre por que uma melhor educação e mais treinamento são necessários.
Tiffany (no corpo de Jennifer Tilly) está tentando forçar a mutilada Nica (Fiona Dourif). Enquanto Nica pode estar tramando com Chucky (Brad Dourif) dentro de sua cabeça, da perspectiva de Tiffany este é um relacionamento saudável. Diante a percepção de Nica é uma relação abusiva.
No mundo exagerado da série, isso funciona como uma homenagem ao Tratamento Ludovico de Laranja Mecânica(1971), então os olhos do boneco são mantidos abertos por presilhas e ele é submetido a um fluxo constante de vídeos de Meu Querido Pônei. Na superfície, é uma tática divertida de como transformar uma boneco assinado em um Good Guy reiniciado. Sob a superfície é uma crítica aos tratamentos de conversão LGBTQIA+.
Chucky está implacável! O boneco se multiplica, encarna em corpos, apresenta talk-shows e comete crimes sangrentos e absurdos com uma pegada gore e bastante violenta. Visualmente é a consagração do personagem que a cada episódio aparece com uma elaborada inovação.
Damos as boas-vindas à Glen e Glenda (ambos interpretades pelu artista não-binárie Lachlan Watson) pela primeira vez desde sua introdução em O Filho de Chucky(2004). A conversa sobre pronomes no episódio “Death in Denial” obviamente tem um ângulo cômico; zombando das noções ultrapassadas de gênero.
Em vez de se preocupar em incorporar o romance gay perfeito pré-adolescente, Chucky se contenta em deixar Jake e Devon serem um pouco confusos e dramáticos sobre seu relacionamento. A série é cheia de personagens adoráveis e fascinantes, começando por aquele que dá título a atração.
O padre Bryce, Devon Sawa, novamente na série, em outro personagem nunca diz as palavras ‘eu sou gay’, mas a verdade é que ele não precisa. É claro como o dia, quando ele vê Devon e Jake se beijando e não os interrompe e nem os pune.
A segunda temporada de Chucky começou no Halloween e termina no Natal. O final guarda suas maiores surpresas para Tiffany. A temporada inteira lentamente tirou tudo da encantadora assassina. A vida confortável que ela construiu para si mesma no corpo de Jennifer Tilly enquanto mantinha a real enjaulada em forma de boneca se desfez tijolo por tijolo.
De muitas maneiras, o último episódio Chucky Actually parece mais um epílogo emocionante do que um final. A segunda temporada entregou um passeio insano e evoluiu a franquia de maneiras surpreendentes para a chegada de uma próxima.
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