terça-feira, 26 de dezembro de 2023

TOP 10 FILMES LGBTQIA+ 2023

 

Chegou a hora do ‘eu não concordo com você’ e ‘está faltando esse’. É o momento da tão aguardada lista dos Melhores Filmes LGBTQIA+ do ano. E 2023 mais uma vez, foi lindo para o cinema queer, com narrativas transbordando para (quase) todos os lados da sigla. Foi um ano de grande representatividade feminina na direção(há quatro mulheres na lista), e também de pessoas trans. Os Festivais trouxeram o que há de melhor, enquanto alguns títulos chegavam com exclusividade em streamings, como a Mubi e a Prime Video. Muitos longas também ocuparam as salas dos cinemas, embora a distribuição ainda seja limitada, o que deixou a página inacessível a alguns títulos por questões geográficas, como o tão bem comentado Monster, de Hirokazu Koreeda. Por isso a lista inclui filmes de 2022 e 2023, majoritariamente lançados esse ano e alguns ainda inéditos em circuito.



Blue Jean é o longa de estreia da roteirista e diretora britânica Georgia Oakley. 1988, a Inglaterra e o governo conservador de Margaret Thatcher estão prestes a aprovar uma nova legislação controversa que estigmatizará a comunidade gay e lésbica. A infame seção 28 tornava ilegal que as escolas ‘propagassem’ a homossexualidade.


09 - Nimona(EUA, 2023)


Nimona é um filme animado desenvolvido a partir de uma história em quadrinhos queer escrita por um autor trans. É importante entender que a maneira como a alegoria transgênero é expressa, impressionante e autêntica, claramente enraizada nas próprias experiências do criador ND Stevenson.


Mutt é uma representação trans masculina como poucas vezes vista. No filme, de Vuk Lungulov-Klotz, Feña(Lio Mehiel), um jovem transgênero, tenta manter sua vida estável durante uma noite e um dia caóticos, em Nova York, em que o passado continua se afastando dele enquanto o presente lança novos obstáculos.


07 - Saltburn(Reino Unido/EUA, 2023)

AME OU ODEIE! Saltburn, de Emerald Fennel, é uma obra magistral e opulenta, que começa como um romance de amadurecimento com uma atmosfera acadêmica sombria, mas logo a diretora decide mudar o ritmo e usa o aristocracia inerente ao motor de sua história como uma máscara por trás da qual se esconde a descida à violência ditada pela oposição entre sexo e poder.

06 - Le Paradis(Bélgica/França, 2023)


Le Paradis, de Zeno Graton, é muito mais do que uma variação do amor LGBTQIA+, porque é além de um filme de amor prisional e confinamento é uma relíquia cinéfila. O longa deliciosamente homenageia uma cena clássica de Un Chant D’Amour, obra prima e único filme realizado por Jean Genet, em 1950.



O filme, de Christophe Honoré é regado por um tom biográfico e  portanto, uma história cheia de dureza e devoção, entre o retraimento e a autoexposição, comovente, avassaladora, poderosamente devastadora, e de fácil identificação, principalmente por quem já passou pelo processo do luto.

04 - Monster(Kaibutsu, Japão, 2023)


O caminho escolhido por Hirozaku Kore-Eda para contar a relação entre os meninos Minato e Eri se desdobra, em três atos diferentes, que apresentam a história primeiro do ponto de vista dos adultos e depois das crianças. A versão adulta dos acontecimentos é parcial, falaciosa, obscurecida pela necessidade de proteger aqueles que são percebidos como os mais fracos, mas também pela necessidade de se conformar a certas normas sociais. 


03 - Anhell69(Colômbia/Polônia/França/Alemanha, 2022)


Em torno de um making of documental, Theo Montoya constrói uma exploração cinematográfica em estrutura arbórea. Uma obra criativa e ousada, cuja monstruosidade de uma sociedade empurrada para suas margens é apresentada como um ressurgimento do despertar das consciências.


02 - 20.000 Espécies de Abelhas(20.000 Especies de Abejas, Espanha, 2023)


20.000 espécies de abelhas, de Estibaliz Urresola Solaguren, conta a história de um verão catalão e a busca de uma criança por identidade. Ele também fala de mulheres de três gerações que precisam se unir pelo bem da criança. Como as abelhas homônimas que a tia de Lucía mantém como apicultora, cada mulher assume um papel específico na estrutura familiar. Em um feito inédito, a pequena Sofia Otero, com então 8 anos, ganhou o Urso de Prata, no Festival de Berlim.

01- Pedágio(Brasil/Portugal, 2023)


Nada mais coeso para ocupar o topo da lista do que um filme sobre nossa realidade social e vivências retrógradas. Em seu segundo longa-metragem, a roteirista e diretora Carolina Markowicz , explora a desconcertante dualidade da existência humana em um conto de amor de uma mãe sendo guiada ao contrário, para custear a ‘cura gay’ do filho, influenciada por uma direita ultrapassada.


ATUALIZADO EM 07/01/2024


GOSTOU? QUE FILME FICOU FALTANDO? LÁ NO LETTERBOXD, DA PÁGINA, ESTENDEMOS PARA UM TOP 20.




Nenhum comentário:

Postar um comentário