Chabuca, de Jorge Carmona, narra a vida do apresentador da televisão peruana e drag queen, Ernesto Pimentel(Sergio Armasgo) e o que o levou a ser uma estrela popular em seu país. O longa acompanha de sua infância humilde em Arequipa, passando por sua dura juventude cheia de dor e culpa até o estrelato se tornando "La chola Chabuca".
O filme é um drama, com toques apimentados sobre como a própria vida e o espetáculo devem andar de mãos dadas. Cada lugar é um palco e é retratado como tal, seja pelos elementos que o compõem ou mesmo na forma como é enquadrado. As diferentes passagens da vida de Ernesto, até a concepção de "Chabuca", formam uma ilusão interessante.
Carmona consegue narrar esse crescimento de forma didática, mostrando que Ernesto é alguém construído com base em todas as pessoas que o cercaram ao longo de sua vida. Com amigos e familiares, tudo é mais jovial e lúdico (com o ambiente drag como o ponto máximo onde os elementos cinematográficos mais se destacam), enquanto em seu tórrido romance e outras vezes a tragédia bate à sua porta em decorrência do diagnóstico de HIV, em 1992.
O bailarino André (Miguel Dávalos), é essencialmente o vilão do filme. Pimentel é um jovem que progride e chega na subcultura gay de Lima como uma estrela de televisão. Sempre bom, sempre trabalhador, ele cuida da avó e seu único lado sombrio é o amor por André. O filme ainda se posiciona sobre quem transmitiu o HIV para quem.
Carmona ultrapassa os limites orçamentários, e até mesmo de transigência da conhecida Produtora peruana Tonderiles para contar a história de Chabuca, com um desfile de Drag Queens. Assim, seu filme testará a tolerância LGBTQIA+ versus a homofobia desenfreada de uma sociedade peruana ainda muito conservadora.
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