O filme acontece em Madri, pouco depois da legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo na Espanha, e diz respeito à vida de três casais de homens que vão se casar numa cerimônia coletiva. Em uma reviravolta nos estereótipos, o título não se refere a esses homens gays, mas sim a suas mães autoritárias que trazem muito drama para a ocasião. Rainhas é um filme feito para as atrizes brilharem.
Esta comédia se move a uma velocidade vertiginosa e inclui vários flashbacks. A história salta para os diferentes casais e suas mães (com alguns pais que participam em papéis menores). Maura interpreta a dona do hotel onde será realizada a cerimônia de casamento do mesmo sexo. Seu filho, Miguel (Unax Ugalde), por sua vez, está lidando com a futura sogra, recém-chegada da Argentina. Ela veio para o casamento do filho Oscar (Daniel Hendler), com a cadela, mas surpreende o jovem casal com a notícia de que ficará por três meses.
O filme mostra os complicados prelúdios do grande evento. A ninfomaníaca Nuria (Veronica Forque) é a mãe de Narciso (Paco León), que oficializará a relação com o nervoso Hugo (Gustavo Salmeron) no casamento coletivo. Hugo é filho da advogada Helena (Mercedes Sampietro), que inicialmente se recusa a comparecer, mas acaba presidindo.
A última dupla é Rafa (Raul Jimenez) e Jonas (Hugo Silva), filhos da atriz Reyes, (Marisa Paredes), em determinado momento ela diz “Eu já trabalhei com Almodóvar” e do jardineiro Jacinto (Lluis Homar), respectivamente. Tudo isso gera enredos, alguns mais divertidos do que outros e todos lidando com a vida emocional confusa dos personagens. .
Todas as diabruras vêm à tona na despedida de solteiro do grupo na noite anterior à cerimônia. O elenco é fantástico e é revigorante ver um filme com personagens gays que não exibem maneirismos estereotipados. Esses seis atores desempenham seus papéis como caras normais que por acaso são gays. Rainhas é uma comédia bem feita com muitas risadas e um pouco de coração.
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