quinta-feira, 1 de junho de 2023

Are You Proud?(Reino Unido, 2018)




Este documentário, dirigido por Ashley Joiner, é uma tentativa ambiciosa de conectar os pontos, diferenças e intersecções com as quais vivemos e trazemos em nossas bagagens históricas como pessoas queer, nos fazendo um questionamento. Quanto mais para trás o filme vai, mais ele é capaz de discernir claramente conexões históricas distintas.

Uma linha do tempo é criada com relações causais estabelecidas entre os eventos que acontecem nos movimentos de direitos civis nos EUA, a batalha de Stonewall, o desenvolvimento da Libertação Gay e as mudanças legislativas no Reino Unido.


Cada cor do arco-íris recebe alguma luz. Questões de gênero, raça, classe, habilidade, status de imigrante têm um momento e uma voz. A conclusão é que a igualdade não se conquista sem que se ganhe para todos. 


O filme, de Joiner, aparece como uma conjunção de dois fios narrativos separados. Começa como a história que ele mergulhou ao tocar em elementos-chave no Reino Unido: o Relatório Wolfenden, de 1957, a Frente de Libertação Gay, a primeira marcha do Orgulho Gay em Londres(1972), a reação contra a legislação anti-gay na Seção 28,da Lei do Governo Local, de 1988, de Margareth Thatcher.


O segundo fio é a ênfase do filme na marcha do Orgulho de Londres de 2016, após o que ele se amplia para refletir o cenário atual e o massacre da boate Pulse, em Orlando. A crítica de que as Paradas do Orgulho LGBTQIA+, outrora políticas, se tornaram mercado não é ignorada, assim como são reconhecidas as desvantagens em períodos anteriores.


O que a mistura do filme traz e o que dá a Are You Proud?, seu caráter distintivo é sua ênfase na medida em que o pessoal é político. Essas críticas ao fato de o Pride se tornar muito comercializado encorajam a sensação de que o aspecto político da história gay na Inglaterra desapareceu ao longo dos anos.  O filme ousadamente inclui um porta-voz do Orgulho Negro que sugere que o movimento LGBT tem sido muitas vezes um movimento branco onde as pessoas negras são marginalizadas.


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