A ação acontece de um dia para o outro. Q está no comando e limpou e decorou o apartamento para a ocasião, contratou um bufê para uma festa naquela noite e convidou um pequeno grupo de amigos. Mas, na mesma manhã, há um ataque na Times Square e um bloqueio obrigatório por 24 horas, então os dois devem ficar dentro de casa, os celulares não funcionam e não há eletricidade.
O filme, do diretor Ashton Pina, é uma exploração do amor entre dois homens negros que foram criados apenas por suas babás. Inicialmente o casal parece ser perfeito, mas não demora muito para que as rachaduras apareçam.
O que o filme consegue capturar é como duas pessoas podem passar a vida juntas sem nunca se conhecerem por completo. Às vezes, as conversas de Q e Amari se tornam muito pessoais e o ambiente íntimo do filme traz uma certa sensação de voyeurismo.
À medida que os dois se abrem sobre seu relacionamento, eles discutem memórias antigas e logo fica claro que eles não tiveram a mesma experiência no relacionamento. Os sinais de alerta foram perdidos ou ignorados, a infelicidade foi reprimida na esperança de que as coisas melhorem e, vitalmente, os dois homens foram incapazes de dizer um ao outro o que precisam.
Nana’s Boys é bem intencionando e oferece representatividade para homens negros, que muitas vezes são esquecidos no cinema LGBTQIA+. Onde o filme não é tão bem-sucedido é realmente em se aprofundar nas questões entre os dois. Além de alguns golpes certeiros, a impressão que fica é que funcionaria melhor como uma peça de teatro.
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