Chiara, filha dos atores icônicos Catherine Deneuve e do falecido Marcello Mastroianni, há muito tempo viu sua própria carreira ofuscada por seus ilustres pais. Frustrada, após o conselho de uma diretora para "interpretar mais como Mastroianni", Chiara passa por uma transformação surpreendente, vestindo o estilo característico de seu pai, dos filmes clássicos de Fellini.
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Enquanto outras estrelas como Catherine Deneuve, Nicole Garcia, Melvin Poupad e Fabrice Luchini olham perplexos, Chiara abraça totalmente o papel de Marcello, falando apenas italiano e se recusando a responder em seu próprio nome. A odisseia imaginativa de Honoré confunde a realidade com a fantasia ao seguir o caminho particular de uma filha de se conectar com seu falecido pai.
A transformação de Chiara é um choque, enquanto reflete a relação com sua mãe, Catherine Deneuve. Poucos estão mais familiarizados com as demandas de celebridade do que Catherine, mas até mesmo sua calma habitual é abalada. À medida que Chiara se aprofunda na personalidade de seu pai, DeNeuve fica dividida entre honrar a conciliação de uma filha com seu passado e temer por sua saúde mental no presente.
O filme começa com Chiara caracterizada como Anitta Ekberg de La dolce vita, recriando a famosa cena da Fontana di Trevi para uma sessão de fotos. No centenário do ator, Honoré também recria cenas icônicas, como a conversa entre os personagens de Mastroianni e Claudia Cardinale no final de 8 ½.
Na jornada metalinguística de Christophe Honoré, cada personagem atravessa a linha tênue entre realidade e memória. Marcello Mio é uma celebração do gênio artístico, do homem (e do pai) Mastroianni através do corpo e dos gestos de uma Chiara que delineia seu espírito com coragem e amor.
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