O filme, de Greg Kwedar, é um docudrama maravilhosamente encenado sobre um grupo de pessoas que encontram alegria, vulnerabilidade e desafios pessoais em serem atores de teatro. O longa é baseado nas experiências reais dos prisioneiros dentro da RTA (um programa de reabilitação através da arte), borrando a linha entre drama e documentário. Durante todo o tempo, Kwedar mantém o respeito por seus protagonistas, priorizando sua humanidade acima do sensacionalismo.
Sing Sing (que se passa em 2005) usa os nomes reais das pessoas reais que passaram por muitas das experiências retratadas no filme. Divine G é contido quando se trata da maioria das coisas, exceto por sua paixão pelas artes. Ele é o líder não oficial das peças em que ele e seus colegas da RTA atuam.
Mas o diretor da RTA, Brent Buell (Paul Raci), um trabalhador externo que não mora na prisão, escreveu uma peça original chamada "Breakin' the Mummy's Code". É uma história complicada sobre um príncipe egípcio tentando encontrar uma múmia. A história tem viagens no tempo e os membros do elenco retratando uma mistura de figuras históricas e personagens criados apenas para a peça. Hamlet é um dos papeis principais. Durante os ensaios todos lutam contra seus próprios obstáculos e inseguranças pessoais.
O diretor de fotografia Patrick Scola captura tudo com uma intimidade arrebatadora. De sequências de ensaio crescentes à solidão penetrante do confinamento, ele encontra graça em lugares desprovidos dela. O fato do próprio presídio ser usado em algumas cenas, colabora para uma profunda veracidade.
O filme ilustra lindamente o poder da arte de reabilitar, de transformar, restaurando a fé na humanidade. É tanto sobre as qualidades redentoras da narrativa quanto um grande lembrete de que as pessoas na prisão são exatamente isso: pessoas.
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