No entanto, a festa começa a dar voltas drásticas. Quando Virginia aparece morta na manhã seguinte, o prédio está em choque. Os segredos de sua melhor amiga Luana (Mari Oliveira, de Medusa), do namorado Nicholas (Michel Joelsas, de 13 Sentimentos) e de Gabriel (Daniel Botelho) se tornam o foco do acontecimento.
Meu Casulo de Drywall, de Caroline Fioratti, explora ideias através das lentes da tragédia. Ela tem um estilo de direção que se adapta bem à sua narrativa, com tomadas apertadas que dão uma sensação constante de claustrofobia e isolamento.
A estrutura não linear do longa é fundamental para seu funcionamento. Fioratti opta por começar antes da festa, apresentando Virgínia, Patrícia e a governanta Silmara (Lena Roque), antes de pular para a manhã seguinte. Ao criar essa narrativa, o filme permite que os piores medos entrem em jogo, criando tensão e inquietação.
O filme cria analogias, que mesmo quando a pele marcada de Virgínía escorre sangue, ninguém menciona nada, como se nem estivesse lá. Seu namorado Nicholas também tem um hematoma, que mais tarde será revelado.
Meu Casulo de Drywall é um mistério de assassinato existencial que explora a cultura adolescente dentro dos limites da sociedade abastada. Com temas pesados de dor emocional, depressão, sexo, violência e luto, a forte narrativa de Caroline Fioratti tornam este filme uma experiência atmosférica.
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