quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Meu Casulo de Drywall (Brasil, 2023)

Virginia (Bella Piero) se prepara para sua festa de aniversário de dezessete anos em sua cobertura. A mãe, Patrícia (Maria Luisa Mendonça) sai de casa para que ela possa aproveitar sua noite com os amigos. 

No entanto, a festa começa a dar voltas drásticas. Quando Virginia aparece morta na manhã seguinte, o prédio está em choque. Os segredos de sua melhor amiga Luana (Mari Oliveira, de Medusa), do namorado Nicholas (Michel Joelsas, de 13 Sentimentos) e de Gabriel (Daniel Botelho) se tornam o foco do acontecimento.


Meu Casulo de Drywall, de Caroline Fioratti, explora ideias através das lentes da tragédia. Ela tem um estilo de direção que se adapta bem à sua narrativa, com tomadas apertadas que dão uma sensação constante de claustrofobia e isolamento.


A estrutura não linear do longa é fundamental para seu funcionamento. Fioratti opta por começar antes da festa, apresentando Virgínia, Patrícia e a governanta Silmara (Lena Roque), antes de pular para a manhã seguinte. Ao criar essa narrativa, o filme permite que os piores medos entrem em jogo, criando tensão e inquietação.


O filme cria analogias, que mesmo quando a pele marcada de Virgínía escorre sangue, ninguém menciona nada, como se nem estivesse lá. Seu namorado Nicholas também tem um hematoma, que mais tarde será revelado.


Meu Casulo de Drywall é um mistério de assassinato existencial que explora a cultura adolescente dentro dos limites da sociedade abastada. Com temas pesados de dor emocional, depressão, sexo, violência e luto, a forte narrativa de Caroline Fioratti tornam este filme uma experiência atmosférica.




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