sábado, 17 de julho de 2021

Entre Ríos: todo lo que no dijimos(Argentina, 2014)

Um amável e gentil drama, Entre Ríos: todo lo que no dijimos, captura o calor e a intimidade do lar, bem como a frieza entre os membros da família que guardam segredos. O diretor estreante, Nelson Schmunk, acerta os ritmos sem a pressa da vida na fazenda.

Emanuel, Javier De Pietro, dos filmes de Marco Berger, voltou para casa por alguns dias para visitar sua avó, Catie (Frida Erbes). Ela ainda fala alemão e ele na maioria das vezes não compreende. Eles têm um relacionamento próximo, retomado depois de cinco anos separados.

Emanuel reconhece que sua avó Catie está morrendo, mas ele desaprova que sua mãe, Ofelia (Eugenia Alonso), esteja mantendo sua homossexualidade em segredo da idosa.


Como Emanuel adapta-se ao ritmo lento no interior do país, ele se ocupa em encontrar alguns documentos antigos no armazém. Enquanto ele reflete sobre a vida de sua família e memórias, ele fica nostálgico. Ele também tem conversas com sua avó sobre o envelhecimento. Esses momentos são ainda mais ampliados por vários símbolos usados ao longo do filme.


Tão simples quanto belo, o filme nos apresenta uma excelente e discreta atuação de Javier De Pietro. Uma cena dele flertando com um jovem na cidade mostra seu lado charmoso, que contrasta com sua frustração palpável com sua mãe. Da mesma forma, a paciência de Emanuel com Catie é incrível; mostra a profundidade de seu vínculo, sutilmente e sem ênfase exagerada.


Apesar de muito pouco acontecer em Entre Ríos a história de afeto é poderosa e positiva. A relação entre Emanuel e a avó mostra que apenas uma simples troca de olhares pode dizer muito mais do que palavras difíceis de serem pronunciadas. 



Um comentário:

  1. Que filme lindo!
    Lendo o texto parece que assisti
    "Amável e gentil drama" 😍

    ResponderExcluir