Em Braking for Whales, filme de estreia de Sean McEwen, um casal de irmãos leva seu próprio tipo de disfunção familiar na estrada quando são enviados em uma missão bizarra. Após a morte da mãe, eles só receberão a herança se depositarem suas cinzas em uma baleia.
O longa pega a estrada com Brandon Walker, interpretado por Tom Felton e sua irmã, Star (Tammin Sursok). Após a morte de sua mãe excêntrica, Star volta para casa em Iowa, onde Brandon tem cuidado dos trâmites. Ambos precisam de sua escassa herança para seguir em frente com suas vidas confusas e complicadas, mas na leitura do testamento, eles descobrem que há um problema: atender ao último desejo de sua mãe e embarcar juntos numa viagem.
À medida que os irmãos viajam para o sul, de Iowa para o Texas, eles vão brigando e se apunhalando pelas costas. Ele é mal-humorado e ofendido por tudo e por todos, e está constantemente atacando o comportamento e as escolhas de vida de sua irmã. Ela, por outro lado, é desagradável e sempre altamente inadequada, se masturbando com fotos de George Bush.
Star parece prosperar em ofender todos ao seu redor e ela adora zombar do fato de seu irmão insistir em negar que é gay. Ela pode ser adulta, mas definitivamente não age assim e ele age como se tivesse idade suficiente para ser seu avô em vez de seu irmão, mas não demonstra maturidade suficiente para se assumir.
Claro, ambos os personagens enfrentam seus próprios desafios, que eles supostamente estão cobrindo com seus ataques um ao outro. Brandon luta com sua fé e sua sexualidade. Star está convencida de que ela é uma mãe terrível, que ela não merece fazer parte da vida de sua filha.
Em algum momento, durante esse inusitado road movie ,ambos se abrem para fazer mudanças importantes em suas vidas. Afinal de contas, filmes sobre viagens são sobre progresso. À medida que os personagens seguem seu caminho para seu destino, eles mudam e crescem, encontrando uma resolução interna que faz tudo valer a pena.
São precisamente as duas estrelas responsáveis por serem essas pessoas fracassadas que garantem o sucesso deste filme. Eles formam um par cativante que encapsula perfeitamente a maneira como a bagagem da família pode arrastá-lo para baixo. Felton produz um retrato maravilhosamente profundo de repressão severa e, ao lado dele, Sursok desenvolve perfeitamente a aparência trágica de apatia de Star após um divórcio. Ambos fazem o filme.
Atrás das câmeras, Braking for Whales encontra dois pontos fortes significativos: trilha e fotografia. A música do filme é linda. Jason Soudah compõe o coração e a alma do filme, pois ecoa tanto as tragédias do passado de Brandon e Star quanto as dificuldades do presente. O diretor de fotografia, Justin Henning, também se destaca pela maneira maravilhosa com que captura a América e a dupla dentro dela.
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