segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

The Last Thing Mary Saw(EUA, 2021)

Inverno de 1843. Uma jovem está sob investigação após a misteriosa morte da matriarca de sua família. Sua lembrança dos eventos lança uma nova luz sobre as forças eternas por trás da tragédia

O filme, realizado pelo diretor Edoardo Vitaletti, tem todos os ingredientes de um horror folk,  um cenário isolado, tons de intolerância religiosa e uma atmosfera tensa que pode ou não ser por causa de algo sobrenatural. 


O enredo de The Last Thing Mary Saw nos leva de volta à zona rural de Nova York em 1843. Mary (Stefanie Scott) está no meio do que parece ser um interrogatório brutal, como evidenciado pelo sangue seco que escapou de sua venda nos olhos. Uma série de flashbacks oferece mais informações sobre como exatamente Mary foi parar ali.


Mary vem de uma família fortemente religiosa liderada por uma matriarca austera (Judith Roberts). No entanto, ela começa um caso tórrido com a adorável empregada Eleanor (Isabelle Fuhrman). Como muitas vezes acontece com os religiosos fanáticos, a família de Mary tem certeza de que pode livrá-la de seu pecado por meio de punição severa. No entanto, ela  e Eleanor estão dispostas a enfrentar seus problemas e bolar um plano para fugirem juntas.


Eleanor é forçada a suportar uma série de punições, como ajoelhar-se no arroz durante a noite, e fala-se em mandá-la embora, mas as duas persistem em passar o tempo sozinhas sempre que podem. Este tempo é usado não apenas para o amor, mas para compartilhar ideias perigosas.

À medida que a trama avança, fica claro que The Last Thing Mary Saw apresenta algumas evidências de que algo sobrenatural e sinistro está acontecendo, quando a matriarca do clã misteriosamente aparece morta. Depois, há a questão de um misterioso estranho (Rory Culkin) que chega ao local trazendo presentes, além da presença de um livro nefasto que pode ou não estar na raiz dos acontecimentos.


O cenário de época também é cuidadosamente trabalhado, e o ambiente é lindamente filmado pelo diretor de fotografia de David Kruta, com closes texturizados de ambientes rurais e simbolismos. A sensação à luz de velas e um tanto fechada da cena não apenas reflete o espírito da comunidade, mas oferece o tipo de tom que os espectadores esperam em um filme como esse.


O filme é intrigante, mas nunca chega ao ponto de ser realmente assustador, embora haja momentos perturbadores. O longa também se recusa a lhe dar todas as respostas que você certamente quer. Um filme sombrio que expõe uma visão forte de um cineasta de primeira viagem que definitivamente está dando seus primeiros passos para o sucesso.


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