Mãe + Mãe, filme de estreia de Karole Di Tommaso, parte de uma premissa muito importante de ser abordada, a de formar famílias na comunidade LGBTQIA+. Produzido na Itália, país que ainda dificulta leis para casais homoafetivos, o roteiro não pesa na análise das dificuldades sociopolíticas e vaga por um leve ritmo de comédia romântica.
Karole (Linda Caridi) e Ali (Maria Roveran) estão em um relacionamento que não poderia ser mais feliz. No entanto, ainda falta uma coisa para serem completamente plenas: um filho. Infelizmente, isso não é muito fácil, pois a inseminação artificial é proibida na Itália e fazer sexo com um homem também está fora de questão para as duas mulheres.
Então Karole e Ali não têm escolha a não ser ir para a Espanha e providenciar tudo para que a gravidez aconteça lá. Mas elas precisam de dinheiro para isso, muito dinheiro. E elas precisam de paciência, porque as coisas não saem como planejado...
Duas mulheres que anseiam por um filho juntas são, na verdade, um bom ponto de partida para um drama problemático afetado que constantemente chama a atenção para as questões sociais. Mas há outra maneira, como prova o filme. Karole Di Tommaso leva o assunto a sério, mas isso não a impede de abordar a história com humor.
O filme também faz uma incursão pelo fantástico, com momentos de sonhos mas mesmo quando permanece completamente no mundo real, o longa geralmente mantém uma sensação levemente de conto de fadas. Os contos de fadas que terminam com um final feliz, de preferência, com um um arco-íris.
Mãe + Mãe emociona além do coração. O casal é doce, caloroso e amável. A montagem brilha por sua qualidade ao nível de saber criar um resultado decente que entretenha o espectador ao longo dos verdadeiros desejos das protagonistas.
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