Estamos de volta à Las Encinas e há um novo mistério para ser resolvido. Elite, série de Carlos Moreno e Dário Madrona, chega a sua quarta temporada sem parte do seu original e carismático elenco, e aposta em novos dramas e temáticas que sempre explodem sexualidade adolescente
O ano começou e a Escola está sob a administração de Benjamin(Diego Martín), que vem de Londres com os filhos, Patrick(Manu Ríos), assumidamente gay, Mencía(Martina Cariddi) e Ariadna(Carla Díaz), que chega para ocupar o vazio deixado pela ausência de Lu(Danna Paola) e Carla(Ester Exposito).
Guzman((Miguel Bernardeau) está num fim de relacionamento com Nádia(Mina El Hammani), que agora está em Nova York, e o foco parece muito voltado no relacionamento entre Omar(Omar Shanaa) e Ander(Arón Piper), que engatam um trisal com Patrick, gerando conflitos durante todos, os 8 episódios, da temporada.
Rebeca(Claudia Salas) também está explorando novas possibilidades e engata um relacionamento com Mencía, sem dúvida uma das personagens mais complexas deste ano da série. Rebelde, a jovem se prostitui para juntar dinheiro para fugir de casa, se envolve em diversas roubadas, e abre uma discussão sobre feminicídio.
As constantes festas e as cenas de sexo parecem estar mais ousadas. Há ménage gay no chuveiro do vestiário, há sexo lésbico com chocolate e muita nudez. O atrevimento, e até excesso, das sequências não permite que a série seja recomendada para menores de 18 anos.
Com a chegada de um príncipe franco-espanhol à Las Encinas, Phillipe(Pol Granch), é hora de Cayetana(Georgina Amorós) brilhar. A jovem que teve um papel chave no desenrolar da terceira temporada agora se envolverá num relacionamento, entre classes, com o nobre, que assim como ela, aspira ser designer de moda.
Samuel(Itzan Escamilla) e Guzmán, que estavam levando a amizade numa boa, iniciam novos conflitos na disputa do amor de Ari, a personagem que define a narrativa para no final sabermos quem é realmente o culpado
O visual é caprichado com fogos de artifício e muito neon. A trilha inclui POP espanhol e música alternativa de qualidade: Rosalia, Soffi Tuker, BCB, Mula, Sacre, Galaxy Fingers, Soledad Vélez, Saint Saviour, Lion Babe, Mow, HXXS, Sébastiane Tellier, Reyko, Poliça, Asaf Avidan, só pra citar alguns.
Como nas outras temporadas cada personagem é suspeito, e qualquer coisa pode ter acontecido. O crime aqui, porém, é suavizado, e o que ganha mais espaço são os dramas pessoais, os questionamentos da juventude e o sexo em suas múltiplas formas de expressão.
Mesmo parecendo distante da ideia original da primeira temporada, a série chega renovando, mais POP e mais queer. Há um frescor na fluidez, na representatividade e na força de seus personagens e há sempre um espaço aberto para debater temas importantes, pesados e necessários.
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