Christophe (Sébastien Ricard) decide comprar um apartamento inacabado em um prédio novo em Montreal. Enquanto olha ao redor, inesperadamente encontra o acrobata russo Micha (Yury Paulau), que está desabrigado. Os dois homens compartilham um encontro sexual intenso que os puxa para a vida um do outro e quanto mais eles se veem, mais extremas suas interações se tornam.
L’Acrobate, do diretor e roteirista Rodrigue Jean, é um drama erótico que apresenta dois homens muito diferentes. Christophe é um homem maduro e passa os dias cuidando de sua mãe doente, com quem parece ter um relacionamento difícil. Micha está se recuperando de uma perna quebrada depois que um acidente interrompeu sua carreira de acrobata e o deixou sem teto. Os dois homens não poderiam ser mais diferentes, mas a partir do momento em que se encontram, eles são atraídos para o mundo um do outro.
Com a mesma frequência que os guindastes balançam de um prédio para o outro, as cenas de sexo explícito acontecem. Ao longo do filme há cenas de sexo oral, masturbação e penetração, e elas são incrivelmente intensas.
A parte mais interessante da história é a dinâmica de poder que alterna entre os personagens. Christophe é muito passivo para começar, enquanto Micha é agressivo, mas a conexão entre os dois homens traz um lado mais sombrio de Christophe, cujo comportamento se torna bastante chocante
.
L'Acrobate toma emprestada a mesma estrutura dramática da obra prima, O Último Tango em Paris, de Bernardo Bertolucci: um encontro de estranhos em um apartamento vazio, desejos que tomam conta, fuga do mundo real pela carne e uma relação às vezes doentia que se alterna entre ternura e violência.
O sucesso do filme está nas mãos dos dois protagonistas: Sébastien Ricard e Yury Paulau. A conexão deles é evidente e sua química realmente leva o longa. Se você não se importa com o sexo explícito encontrará um filme mais profundo do que o esperado.
Boa pergunta até meio que me importa
ResponderExcluirMas o relacionamento pela descrição tá muito interessante