Abrindo com um beijo apaixonado entre Bee (Maria Bakalova) e Sophie (Amandla Stenberg), Morte. Morte. Morte. é refrescantemente aberto sobre seu estado de adolescentes, queers, mimados. E ricos, por sinal.
As duas estão indo para uma festa de fim de semana na luxuosa casa de David (Pete Davidson), o melhor amigo de Sophie. Também estão a namorada rainha da beleza, de David, Emma (Chase Sui Wonders), a competitiva e um tanto deslocada Jordan (Myha'la Herrold), a falante podcaster, Alice( Rachel Sennott) e, estranhamente, seu “namorado” de 40 anos Greg (Lee Pace).
Mas à medida que a tempestade se instala, a devassidão toma conta, e o grupo bebe, e se droga para chegar a uma trégua desconfortável. Como a única sóbria, depois de sair recentemente da reabilitação, uma Sophie faminta por diversão decide que é hora de um jogo: Morte. Morte. Morte. As regras são simples: todos recebem um pedaço de papel, um é marcado com X, o que significa que ele é o assassino, e então as luzes se apagam.
Capturar as ansiedades modernas da cultura obcecada por mídia social de hoje parece fácil para Stenberg, Bakalova e, mais notavelmente, Sennott, que continua a mostrar porque seu papel de destaque em Shiva Baby(2020) não foi por acaso. É um terror da Geração Z, sempre preocupado com o sinal do celular ou no mínimo com os aparelhos ligados para fornecer alguma luz.
Embora o roteiro de Sarah DeLappe não crie o mistério mais complexo, compensa com uma sagacidade venenosa que soa natural vinda desses personagens. Com um elenco de tantas estrelas em ascensão, o filme possui várias performances fortes e se propõe também a fazer uma crítica à toxicidade das amizades.
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