domingo, 21 de fevereiro de 2021

A Perfectly Normal Family(En helt almindelig familie, Dinamarca, 2020)


A atriz e cineasta dinamarquesa, Malou Reyman, apresentou no Festival de Roterdã, em 2020, seu primeiro longa-metragem, A Perfectly Normal Family, baseado nas próprias memórias e na experiência de ter um pai transgênero.

Thomas, interpretada com tal delicadeza e respeito por Mikkel Boe Følsgaard, anuncia para as filhas, Emma(Kaya Toft Loholy), de 11 anos, e Caroline(Rigmor Renthe), de 14, por intermédio da esposa Helle(Neel Ronholt), a decisão e de assumir sua transexualidade e fazer uma redesignação de sexo, na Tailândia. 

Tendo o domínio do assunto Reymann, demonstra ser uma diretora eficaz, capaz de contar uma história simples mas comovente, conseguindo interpretações magníficas, e se sobressaindo em sua estreia, sobretudo por trabalhar, brilhantemente, com uma criança.

Após a viajem, Thomas, que agora é Agnette passa a reconstruir sua relação com as filhas, da maneira mais bonita, sensível e feminina possível, embora Emma relute em aceitar a identidade de gênero de sua progenitora, Caroline acha tudo muito natural e adora a ideia de poder ir à manicure, com a agora, nova mãe.


Emma, se interessa por futebol, Caroline nas coreografias de Britney Spears e Agnette em ser a melhor versão de si mesma. A personagem é muito humana e cheia de nuances, no entanto sua sexualidade fica subentendida.


A Perfectly Normal Family, nos apresenta uma revelação repentina e discute novos formatos da instituição familiar. Agnette mantém uma relação completamente saudável e civilizada com a ex-esposa. Um filme muito bonito, que nos recorda que tudo é questão de força mental, sobre lutar e nunca desistir.


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