Após os desastrosos acontecimentos que marcaram o final da primeira temporada de Amizade Dolorida, Tiff(Zoe Levin) e Pete(Brendan Scannel), estão de volta, 10 meses depois, sem emprego e tentando se recolocar no mundo do sadomasoquismo.
A produção da Netflix, que aborda de uma maneira muito bem humorada o universo bondage, precisou corrigir vários erros por reivindicação da comunidade BDSM. Nessa temporada tudo é mais didático, como a submissão, consentimento e dominação através da entrada da personagem Mestre Mira(Nana Mensah).
Com 8 episódios de no máximo 20 minutos, a série é uma delícia de se ver, ainda que adentre um microcosmo que para muitos pode ser intragável. Mais madura, a produção que demorou 2 anos para ganhar a segunda parte, é dirigida e vagamente baseada na experiência de seu criador Rightor Doyle, como assistente de dominatrix.
Os personagens ganharam mais nuances do que apenas apresentar ao público o universo sadomasoquista de maneira bem humorada. Tiff está namorando com Doug(Micah Stock) e Pete com Josh(Theo Stockman). Ambas as relações irão render conflitos e momentos bastante inusitados, mas o maior elo sempre será o de Mestre May e Mestre Carter, Tiff e Pete.
Enquanto Pete está fazendo sucesso como Mestre Carter em seu show de stand up, a espera de um olheiro, Tiff parece cada vez mais interessada em ser uma exímia dominatrix. É aí que os conflitos entre os amigos começam, já que há uma clara mudança de interesses.
A série é um prato cheio para quem gosta de capítulos compactos e tem, digamos, uma mente aberta. Em meio a revelações do passado e descobertas, a temporada nos deixa um final otimista que pode render uma excelente terceira parte.
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