Quando Ricky(Eldon Thiele) está se preparando para entrar no palco como a Drag, Rickie Pedia, cheira umas carreiras, toma alguns goles, uns comprimidos e quando sobe ao palco de sua boate, Pandora’s Box, apresentada por Dusty(Jackie Beat), a queen cai morta. Este é o ponto de partida do longa, dirigido por Thom Fitzgerald e com roteiro de Brad Henning.
No Texas vivem os pais de Ricky, Maybelline(Jackie Weaver) e Jeb MetCaf(Hugh Thompson), de quem o filho se afastou há 20 anos por falta de aceitação. Quando a mãe, diretora de um coral, recebe a notícia da morte do filho fica devastada, e parte à San Francisco rumo ao funeral.
Ao chegar na cerimônia se depara com um show de drags, e meio que sem reação, acaba saindo de fininho. Em seguida tem um encontro, não muito amigável, com Nathan(Adrien Grenier), seu genro, que lhe conta que ela herdou uma boate gay, e acaba sendo acolhida pela amiga, asiática com um bebê, Sienna, interpretada por Lucy Liu
Com muita peruca, brilho, paetê e cílios postiços, o filme presta uma homenagem à cultura Drag e nos apresenta ótimos números musicais evocando Priscilla a Rainha do Deserto, numa versão do clássico Finally de CeCe Peniston, interpretado ao piano.
Ao som de Take your mama, da banda queer Scissor Sisters, acompanhamos as mudanças, movimentos e novidades na vida dos personagens, que com todo o alto astral da matriarca, trazem ao filme uma mensagem de otimismo e positividade. A trilha conta ainda, com o clássico Total Eclipse of the Heart, de Bonnie Tyler e Do You Wanna Touch me, de Joan Jett.
Por mais que o roteiro possa não parecer crível, e tenha lá seus buracos, A Caixa de Pandora traz uma mensagem bonita. Maybelline foi uma mulher submissa toda vida ao marido e que devido à falsa moral, acabou perdendo anos preciosos com o filho, o que ela tenta compensar acolhendo todos os seus amigos, ajudando Cherry com sua transexualidade, Joan com as drogas e Tequila, com sua mãe, sem falar de Sienna, e o bebê.
Após levantar a Pandora’s Box, com shows extremamente empoderados, Maybelline está pronta para voltar à sua vida. Mas o que experimentou em San Francisco, onde conheceu inclusive um crush, se tornou uma experiência única e a transformou numa pessoa muito mais humana ao descobrir que tudo o que o filho queria, era ser um espelho dela mesma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário