quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Jonathan(Alemanha, 2016)



O cinema alemão é celebrado mundialmente graças a mestres como Fritz Lang, Fassbinder, Win Wenders, entre outros. Mas é a nova safra do cinema LGBTQIA+ daquele país, que vêm se destacando em grandes e complexas obras como Troca de Pele e Queda Livre. O filme de Piotr J. Lewandowski, Jonathan, faz parte desse time.

Jonathan, o lindíssimo ator Jannis Niewohner, contrasta sua beleza com a zona rural da Alemanha, onde vive com a tia Martha(Barbara Auer) e o pai Burkhard(André Hennicke) de quem cuida zelosamente de um câncer, há três anos.

Enquanto Jonathan dá banho, cuida das feridas, o pai não se mostra agradecido, e revoltado pela doença o agride e deseja que a morte chegue logo. Porém, antes desse momento, Jonathan precisa saber a verdade sobre sua mãe, e não mede esforços para descobrir a história.

Em meio à galinhas, vacas e belas paisagens rurais, a jovem Anka(Julia Koschitz) chega na fazenda para ser cuidadora, mas acaba se envolvendo com o protagonista, com quem atua em cenas de sexo onde o corpo do belíssimo jovem é explorado em planos e enquadramentos que o valorizam.

Mas é a chegada de Ron(Thomas Serbacher) que muda o rumo do filme. Charmoso, estilo Sugar Daddy, ele foi o amor da vida de Burkhard e vem para se despedir. Com sua presença Burkhard começa a se sentir cada vez melhor e os dois têm juntos momentos lindos, apesar de um passado nebuloso com a irmã Martha.

Com a chegada de Ron ao filme, o clima de melancolia e tristeza muda para uma estranha alegria. O que deixa Jonathan instigado e reagindo mal diante do forasteiro. Estará ele preparado para aceitar a verdade sobre a sexualidade do pai e a história de sua mãe?

“Se você quer morrer, precisa deixar a vida entrar” diz Anka à Jonathan. Tratando de amor e morte, a obra é libertadora e comovente abordando uma temática LGBTQIA+ sob uma nova ótica. Quais são os limites do amor e da tolerância? Lindo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário