Cinebiografia do ícone Oscar Wilde, dirigido por Brian Gilbert, e com roteiro de Julian Mitchell baseado na biografia escrita por Richard Ellman, o filme traz para a tela toda a beleza da arte do autor de O Retrato de Dorian Gray, em uma interpretação visceral de Stephen Fry, que com um físico muito parecido ao dramaturgo traz naturalidade para a obra.
Inglaterra, 1882, Oscar Wilde é um bem-sucedido dramaturgo, marido e esposo. Quando tem a primeira experiência homossexual junto do fiel amigo Robbie(Michael Sheen) um novo mundo de possibilidades se abre para ele, que vive em uma sociedade que impõe o conservadorismo.
Ao ser apresentado ao Lord Alfred Douglas, também conhecido por Bosie, vivido por um jovem Jude Law, numa interpretação cheia de frescor, ele se apaixona e os dois começam um romance para o desespero do pai de Alfred, Lord Queensberry.
Com o casamento em crise, porém com sua esposa Constance(Jeniffer Ehle) sempre o apoiando, Wilde decide enfrentar a sociedade e se tornar um dos primeiros militantes por direitos dos homossexuais, totalmente a frente de seu tempo. Sua relação com Bosie, o levou à prisão por dois anos por sodomia, palavra que é dita a exaustão no filme.
Ilustrado pelas belas palavras de Oscar Wilde, o filme é um retrato de como era difícil ser homossexual em um período tão retrógrado, e o escritor teve coragem para ir contra todos os padrões, e ser um dos primeiros a escancarar as portas do armário, na história.
Hoje considerado um gênio, cultuado e celebrado, Oscar Wilde, foi muito julgado por quebrar os paradigmas de sua época, com sua obra sendo banida de teatros e livrarias. Melancólico e poético o filme faz uma ode ao escritor, e tem ainda Gemma Jones, Vanessa Redgrave e o jovem Orlando Bloom, como um garoto de programa, no elenco.
"Amar a si mesmo é o começo de um romance que durará a vida inteira." Oscar Wilde.
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