terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Bohemian Rhapsody(EUA, 2018)



A escolha de Bryan Singer, da franquia X-Men, para dirigir a biografia do Queen foi no mínimo questionável. Mas deu tudo certo, ou quase, já que o diretor abandonou o filme no meio das filmagens e foi substituído por Dexter-Fletcher. Apesar de vários poréns, Bohemian Rhapsody,é lindo e rendeu a Rami Maleki, por sua sensível interpretação como Freddie Mercury, o Oscar de Melhor Ator.

A história do cantor, da banda, do processo de criação das canções se mistura a um visual melódico, poético e até lúdico, que marcou a época. O roteiro, de Anthony McCarten, nos conta a união dos quatro integrantes do Queen, seus dramas particulares, brigas e a criação de sucessos como We Will Rock You e Love of My Life.

O filme peca por suavizar demais a trajetória da banda, de não se aprofundar na questão do HIV de Freddie Mercury e de deixar várias questões pendentes, porém é a linguagem optada pelo roteiro, de romantizar e não priorizar sexo, drogas e escândalos. Com o Queen no auge do sucesso, Freddie revela à companheira Mary(Lucy Boyton) que é bissexual. O casal então se separa e o cantor passa a viver uma relação com seu manager, Paul Prenter(Allen Leech), com quem se envolve em diversas orgias.

A recriação do icônico concerto no LIVE AID talvez entre para a história do cinema como uma das cenas mais longas e emblemáticas. Diante de uma imensa plateia, Malek evoca sua personificação perfeita de Mercury, com seus dentes avantajados, para criar um momento brilhante.

As cenas ao piano são algumas das mais belas do filme e que conduz o tempo, pois está em todas as fases da banda. Aqui, o que realmente interessa é o processo de criação, e esse é mostrado de uma forma única, inspiradora e sensorial. Boa música não falta!

Fã que é fã vai adorar, porque os clássicos do Queen estão todos aqui, e não interessa se Freddie e sua banda cheiravam cocaína e faziam orgias, o que importa é o legado deixado pela banda, que quebrou paradigmas e desafiou padrões. Com suas escolhas artísticas, Bohemian Rhapsody, é uma bela e merecida homenagem à banda de Freddie Mercury. God Save the Queen!



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