Shortbus é um clube subterrâneo de Nova York, onde orgias e conversas sobre sexo, política e arte redefinem o conhecimento carnal. É um lugar onde Sofia (Sook-Yin Lee), uma terapeuta sexual que nunca atingiu o orgasmo com seu marido, Rob (Raphael Barker), pode discutir seu problema com Severin (Lindsay Beamish), uma dominatrix. A busca de Sofia pelo orgasmo proporciona os momentos mais divertidos e bonitos do filme.
Depois, há James (Paul Dawson) e Jamie (PJ DeBoy), que trazem um terceiro cara, Ceth (Jay Brannan), para apimentar seu relacionamento de cinco anos. E ainda há Caleb (Peter Stickles), o voyeur que fotografa James do apartamento do outro lado da rua.
Os astros do filme não são chamados para cantar ou dançar, apenas para atuar, no que são minimamente competentes, quando por exemplo um pênis ereto é usado como microfone. Considerando que eles colaboraram com Mitchell no roteiro - as experiências de seus personagens são vagamente baseadas em suas próprias.
Este é um trabalho muito original, fresco, livre de preconceitos: sim, claro que há muito sexo desde a primeira cena e em todo o seu esplendor: onanismo, sexo anônimo, sexo grupal e funciona como um veículo para expressar a situação emocional de cada personagem, ou seja, tem uma razão de ser.
A trama permite explorar múltiplas alternativas e narrativas do sexo no cinema e faz isso com muita naturalidade. Aqui não tem mau gosto de nenhum tipo, tudo está na cabeça de quem vê. É um filme erótico maravilhosamente pensante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário